Rodrigo Abud

Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.

 

 

Muitas críticas, poucos elogios

14/02/2014


Comecemos pelos elogios.

O jogo foi ruim, o Atlético jogou mal, mas o principal foi a vitória. Competições como a Libertadores são definidas nos detalhes e a primeira tarefa foi devidamente cumprida.

Fantástico o retorno do Adriano aos gramados. Ontem não voltou o jogador, voltou o ser humano. Como dito anteriormente, os três pontos foram muito importantes, mas ontem a grande vitória foi dele.

Agora as críticas.

Miguel Ángel Portugal não tem a menor condição de ser treinador do Clube Atlético Paranaense. Há pouco mais de um mês no comando da equipe, o clube não apresentou evolução alguma entre os dois jogos com o Sporting Cristal e a partida de ontem.

Além de não demonstrar evolução tática, Portugal não possui convicção. Na partida de volta da pré-Libertadores, abriu mão de escalar um meia de criação e constatou o que todo torcedor já sabia: a equipe não encaixou. Não fizemos absolutamente nada no primeiro tempo para um time que precisava da vitória e de gols.

Ontem, mesmo não jogando bem, Fran Mérida foi substituído e ficamos novamente com um time sem poder ofensivo algum. Chutão para frente era a nossa principal jogada, que há anos não apresenta resultados.

A simples covardia de Portugal já o descredenciaria para comandar o Furacão, mas ele consegue ser passivo no banco de reservas e os minutos após o empate do duelo decisivo contra o Cristal provaram isso.

Não temos o melhor elenco da competição, mas temos uma equipe que, se bem treinada, pode ambicionar algo a mais. Porém, o atual comando não será o responsável por essa caminhada.

Feita a aposta, que se mostrou errada, o Atlético precisa tomar providências. O atual treinador, que veio principalmente por conhecer bem a principal competição continental, não conhece algo muito mais importante: o próprio jogo.


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