Ana Flávia Weidman

Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!

 

 

Tudo é possível

11/02/2014


Ainda estou sob o efeito da histórica noite da última quarta-feira, quando presenciamos o impossível acontecer diante dos nossos olhos. Por vários momentos senti o peito doer e então lembrei que precisava respirar. Suspirar. A verdade é que por alguns instantes tudo parou. Meu coração ficou quietinho acompanhando as passadas firmes do artilheiro Éderson. Era dele o único coração atleticano que batia naquele momento. Todos os demais silenciaram.

Bola na rede!

E como aquele paciente que é reanimado, milhares de corações atleticanos voltaram a bater forte depois gol. Teve grito. Teve riso. Teve abraço. Teve choro contido. Teve rio de lágrimas. Foi daquelas emoções que não se explicam. Uma experiência surreal que poucos torcedores têm o privilégio de viver. Porque coisa como essa que aconteceu na Vila Capanema na noite do dia 5 para o dia 6 de fevereiro é destinada apenas para os que têm raça e não temem a própria morte.

Só pode ter sido obra da camisa rubro-negra. Sim, foi ela! Como se quisesse deixar muito claro para nunca mais ninguém duvidar, o manto atleticano resolveu mostrar que não respeita esse tal de impossível. E ‘a que só se veste por amor’, como se jogasse sozinha, decidiu que iria provar que o Clube Atlético Paranaense é maior que a vida.

Vieram as cobranças de pênaltis. E o que se viu ali explica todo o nosso amor pelo Furacão e pelo futebol. Faltam-me palavras para descrever o que senti. De tantas coisas que herdei dos meus pais, parafraseando Arrigo Sacchi, técnico vice-campeão mundial em 1994, a mais importante entre as menos importantes é esse amor absolutamente enlouquecido pelo Atlético - e pelo futebol, claro! Que momento, amigos! Que momento vivemos!

Depois disso ainda tivemos a vitória no Atletiba (1, 2, 3 do sub-23) e a confirmação da contratação de Adriano Imperador. E nesse clima de "tudo é possível" vamos pro primeiro jogo da fase de grupos da Copa Libertadores já na quinta-feira. Nosso objetivo? Ser campeão, ora! Vamos sonhar minha gente! Vamos curtir a “sambada na cara do impossível” que demos no último jogo! Não podemos duvidar de mais nada.



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