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Juarez Villela Filho
Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.
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Tem que acreditar
06/02/2014
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Dizia Nelson Rodrigues que há coisas que só acontecem com o Botafogo. Ontem mesmo o time da estrela solitária viu o sonolento Wallyson em noite de gala e num Maracanã cheio, fato raro com aquela torcida, sacramentar sua vaga na etapa seguinte da Copa Libertadores da América.
Mas ontem a noite, como num conto de fadas, teve algo que aconteceu com um clube igualmente folclórico, cheio de histórias e que escreveu mais um belo capítulo ao lado de sua torcida. A vitória no tempo normal, com gol no último lance da partida e a virada sensacional nos pênaltis, depois de duas cobranças erradas, encheu o coração dos atleticanos de orgulho e também nos colocou na próxima fase da Libertadores.
Que fique a lição aos atleticanos que saíram antes de terminar, alguns até mesmo desistindo logo após o empate dos peruanos: nunca duvide do Atlético. Este time, essa camisa, essa torcida juntos formam um corpo muito forte e difícil de ser batido.
Acreditem sempre!
ERROS E ACERTOS
O que vale é a classificação, mas se não fossem as invencionices do desconhecido treinador, tudo seria mais fácil. Assim como no 1º jogo, fizemos um primeiro tempo falho, especialmente pela péssima escalação posta em campo. Necessitando vencer e com três volantes e três atacantes, o time se viu órfão de armação e voltamos ao bom e velho chutão da zaga em busca do pequeno lutador Ederson ou do incansável Marcelo. Resultado? Uma primeira etapa extremamente improdutiva.
Além de queimar uma substituição, pois era óbvio que Fran deveria ter saído jogando, queimamos por consequência nossa melhor opção de ataque para mexer durante o jogo, já que taticamente ele teve que tirar Coutinho que poderia entrar bem para abrir espaços no segundo tempo, simplesmente para corrigir seu equivoco na escalação original.
Ao menos a defesa parou com a suicida tática de jogar em linha com dois beques, sendo que Cleberson é lento para tal e o time se expos menos. Falta-nos um zagueiro, um armador pelos lados e um avante de estirpe que pode ser, porque não, Adriano.
Não quero parecer com má vontade, mas o tal Portugal não me mostrou absolutamente nada que mereça a confiança. Por mim é mais um Drubsky da vida, uma invenção barata na vã torcida de que dê certo. Assim como o anterior, quanto antes sair, maiores são nossas chances de êxito no ano.
FOCO ERRADO
Ontem a Torcida Os Fanáticos não estava na Vila Capanema. Mas estava na Vila Capanema! A contradição se dá pois todos viam que os “organizados” ficaram no mesmo lugar da reta, puxaram a maioria dos cantos e entoavam canções próprias da Fanáticos. Mas para o Ministério Público o que vale são as aparências e o simples fato de não estarem com bandeiras, faixas ou bateria servem como consolo diante da ineficiência do judiciário no Brasil.
Neste jogo de “faz de conta”, alguns dos envolvidos na briga em Joinvile frequentaram tranquilamente a partida ontem. Neste jogo de “faz de conta” perdemos todos nós com os cantos se dispersando e sem a bateria nota 10 levando a galera no seu ritmo. Em mais uma decisão equivocada se errou o foco, “penalizando” todo torcedor que gosta de festa enquanto os culpados seguem impunes.
O mesmo se aplica a ridícula proibição de venda de cervejas, quando está provado por A + B que quem quer brigar o faz onde quer, com ou sem bebida e na hora que quiser, pois age sob o manto da impunidade. E todos os demais acabam pagando pelas falhas de meia dúzia.
A torcida foi ótima ontem, mas numa Libertadores onde o fator campo conta muito, termos nossa torcida cantando em uníssono, com faixas, bandeiras e batuque são um diferencial e tanto. Que revejam mais essa medida inócua e boba. O futebol e o torcedor de verdade agradecem.
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