Rodrigo Abud

Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.

 

 

Sequencia desanimadora

31/01/2014


Sinceramente não sabia o que esperar o Atlético na partida contra o Sporting Cristal. Fui com a expectativa de que a base do ano passado se destacasse mais do que o comando técnico do recém-contratado Miguel Ángel Portugal.

Ao término da partida fiquei com uma estranha sensação de desanimo. Acredito que podemos e vamos passar para a próxima fase da competição, principalmente pela limitação técnica do adversário, mas e depois?

Chegaremos a próxima fase com uma equipe inexperiente, com comando técnico duvidoso. Vamos ao aniversário apenas para entregar o presente e ir embora, convenhamos que é muito pouco para um clube do tamanho do Atlético.

Muitos falarão da dificuldade em razão da falta de dinheiro, que agora está latente, mas o clube e as pessoas que lá estão precisam pensar e trabalhar para superarmos esta dificuldade, afinal todos os clubes trabalham com a falta de recursos. Alguns comentem loucuras, outros planejam.

E é justamente o planejamento que se mostra o grande erro do clube para 2014. No início de dezembro já tínhamos uma grande perspectiva de estarmos na Libertadores, mas não nos movimentamos. As resoluções do ano somente foram feitas em janeiro, com a competição prestes a iniciar.

O novo treinador parece que vêm com prazo de validade, as contratações são apostas com forte teor de incerteza (louve-se a contratação do Suelinton) e com a participação no principal torneio continental a torcida cria uma expectativa que tem forte tendência a virar frustração.

O clube pode ter certeza que apoio não faltará, mas a contrapartida precisa ser dada. Sem doação, sem entrega fica a estranha impressão que um está passando a perna no outro, um relacionamento de aparência.


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