Michele Toardik

Michele Toardik de Oliveira, 44 anos, é advogada, mãe, sócia ininterrupta há mais de uma década e obsessivamente apaixonada pelo Furacão. Contrariou as imposições geográficas, tornando-se a mais atleticana de todas as "fluminenses". É figurinha carimbada nas rodas de resenha futebolística, tendo como marca registrada a veemência e o otimismo incondicional quando o assunto é o nosso Furacão.

 

 

Vencedores

21/11/2013


Independente do que aconteça no Maracanã na próxima quarta-feira, de uma coisa eu tenho certeza: já somos vencedores.

Pode até ser que aqueles torcedores que se aproximaram do time em razão da boa campanha se sintam traídos por um empate na FINAL DA COPA DO BRASIL, mas quem sempre esteve ao lado do Atlético reconhece o quanto este momento que vivemos é especial.

Um time modesto, sem medalhões, cuja base sofreu até o último segundo pra sair da série B, nômade, sem poder contar com a Baixada e mesmo com tantas restrições ter alcançado essa final – justo na mais complexa das Copa’s do Brasil - é realmente digno de todo o nosso crédito.

Até uns meses atrás eu só queria um time que jogasse um futebol decente, que honrasse o nosso manto e que representasse o meu amor dentro de campo. Hoje estamos a um passo de conquistar o Brasil!

E aí, quem vai dizer que não somos vencedores?

Vencemos tabus, vencemos o descrédito, vencemos a inveja, vencemos a desconfiança, vencemos na técnica, vencemos na raça e venceremos esse baque de ontem.

É óbvio que empatar em casa não estava nos planos de nenhum atleticano, afinal todos sabemos da importância de não tomar gols em nossos domínios e do quanto seria “prático” levar uma baita vantagem para a finalíssima. Entretanto, a nossa história de luta e a capacidade de superação que esse time já demonstrou durante o ano nos impede de simplesmente desistir.

Hoje, de cabeça mais fria – se é que isso é possível nessa altura do campeonato -, tentei fazer uma leitura da postura do time no jogo de ontem e sinceramente não creio que tenha faltado vontade de vencer ou espírito de luta, acho que a equipe sentiu a pressão da final e, principalmente, não soube lidar com o fato de ter sofrido um gol em casa. Infelizmente, acho que não tínhamos plano B pra isso!

E quem não sentiu a pressão e o impacto do gol dos caras? Creio que o desenho do jogo teria sido outro e a lenga-lenga carioca teria sido castigada se não tomássemos aquele gol fortuito. Mas no futebol não há espaço para “se” e o que nos resta é encarar a realidade de entrar de cabeça erguida no Maracanã e simplesmente jogar com o mesmo ímpeto e segurança que nos levou até essa histórica final.

Eu confio nesse time, boto toda fé que o Mancini vai arrancar dos nossos guerreiros o melhor de cada um deles e tenho certeza de que os 7 mil atleticanos que estarão lá levarão o grito da nação e a nossa esperança.

Não é hora de questionar nada, o Furacão precisa do nosso apoio irrestrito. Sem abatimento, sem desespero, apenas foco! Afinal, somos vencedores!


Este artigo reflete as opiniões do autor, e não dos integrantes do site Furacao.com. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.