Alexandre Sugamosto

Alexandre Sugamosto e Silva, 39 anos, é produtor cultural e consultor. Vê o futebol como uma guerra estratégica e acredita que a heráldica atleticana deve ser motivo de temor e reverência por parte dos adversários. Adepto do jogo ofensivo, sonha em rever os dias gloriosos do Furacão das Américas.

 

 

Um jogo para esquecer

21/10/2013


Quando, em algum futuro próximo, quisermos lembrar da maravilhosa campanha para a Copa Libertadores da América, vamos tentar esquecer a trágica partida do Serra Dourada. Ontem, o Atlético esteve irreconhecível: errou em todos os fundamentos, marcou mal e atacou de maneira pífia e desastrada, perdeu jogadores importantes, não conseguiu segurar a bola e, ainda por cima, teve que assistir ao desfile futebolístico do rechonchudo craque adversário.

Aliás, é um fenômeno o tal do Walter. Debaixo de um calor digno da Copa do Mundo do Catar, o atacante esmeraldino não tomou conhecimento da zaga atleticana e driblou, chutou, lançou com perfeição, organizando o time goiano para a vitória incontestável. Teve a vida facilitada, é verdade, pela insistência de Mancini com esse jogador chamado Maranhão. Maranhão talvez seja bom meio campo, sua posição original, mas é lateral fraquíssimo, lento, desastrado e tomou de Walter dois dos dribles mais vergonhosos da rodada. Quem sabe seja a hora de o técnico atleticano tentar inovar um pouco o sistema de jogo. Poderíamos tentar jogar com três armadores, três atacantes, substituir os laterais por alas... são muitas opções e pouco tempo para testá-las.

Foi o calor? Foram as substituições? O tamanho do gramado? A viagem cansativa? O fato é que o Furacão fez uma de suas piores partidas do ano. Um time que está na ponta da tabela, por limitado que seja, deve sempre vender muito caro a derrota. Que o revés contra o Goiás sirva de lição aos jogadores e ao treinador. Agora é hora de concentração total.

Nota de repúdio: vergonhosa, mais uma vez, a atuação de alguns torcedores atleticanos. O futebol, que é somente um esporte, está se tornando apenas um pretexto para a barbárie.


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