Rodrigo Abud

Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.

 

 

A renovação de Baier

11/10/2013


A renovação de Paulo Baier tomou de assalto o noticiário estadual e nacional, os fóruns de torcedores, o bate-papo dos aposentados na rua XV, toda torcida rubro-negra e é claro o tempo de nossos adversários que estão mais preocupados com o Atlético do que com o seu próprio time.

Passada quase uma semana já tenho clara minha opinião sobre o tema. Pelo resultado da enquete do site sobre a renovação do capitão, sei que não é a mesma dos demais torcedores e justamente por isso apresento ela a vocês.

Começo destacando que não concordo com a atitude de Paulo Baier. O maestro aproveitou o êxito no clássico para colocar a torcida contra a diretoria do clube. Ignorou o fato de que não ganhamos nada ainda no campeonato, podendo tal situação impactar em pressão sobre uma jovem equipe que busca a vaga na Libertadores. Em resumo ação errada, no momento errado.

Com o fato já público o clube manifestou-se através do presidente Mario Celso Petraglia. Em entrevista ao programa Bola da Vez Petraglia se manifestou em tom de provocação com alguém que, quer queira ele ou não, tem a condição de ídolo da equipe. Em resumo mais uma vez ação errada, no momento errado.

Agora analisando a situação de forma mais fria temos alguns detalhes que conspiram pela não renovação do camisa 30. Baier recebe um dos maiores salários do elenco, acho difícil que ele aceite reduzir o valor que recebe atualmente.

Assim como em 2012 o Furacão deve mandar a campo no Campeonato Paranaense de 2013 uma equipe sub-23, o que indica que os atletas titulares de janeiro a maio receberão apenas para aprimorar o condicionamento físico e como já dito manter um atleta com alto salário apenas treinando não seja um luxo a que o Atlético pode se dar.

Neste ano com a bola rolando Paulo Baier tem se mostrado importante para uma equipe jovem, que tem na figura dele o líder de um time que começou desacreditado. Ano que vem com a ideia da diretoria de reforçar o elenco qual seria o comportamento dele com uma possível reserva?

Sou um crítico do futebol do capitão atleticano e em muitas partidas ele, para felicidade do povão, calou a minha boca, mas não concordo com a sua conduta na condução de renovação de contrato e não acho que ele seja insubstituível.

Dedico a coluna ao amigo e fanático torcedor atleticano Ruy Carneiro, fã do Baier e crítico das minhas críticas ao maestro.


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