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Juarez Villela Filho
Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.
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Tudo a seu tempo
29/08/2013
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O Atlético vem surpreendendo a todos este ano. Aos incrédulos como eu, ao mostrar que faltou um pouco de paciência e tolerância com o time, que a bem da verdade, não iria a lugar nenhum daquele jeito e com o professor aloprado no comando.
Aos pessimistas por mostrar que nem tudo está errado, que devemos confiar no clube e que o Atlético está acima de tudo isso.
E aos ufanistas, que se não fossem as mudanças processadas dentro e fora de campo, o tal “planejamento” não estaria dando certo, já que houve clara mudança de rumo e os resultados são até o momento satisfatórios.
Fato é que o Furacão voltou a soprar forte e vemos um time coeso, lutador e sabedor do que quer. Méritos maiores a Vagner Mancini, que com humildade não começou seu trabalho do zero, aproveitando tudo quanto possível do treinador anterior. Sem vaidades, com inteligência colocou cada um no seu quadrado, tem um elenco na mão, enxerga o jogo e substitui infinitamente melhor que seu antecessor e tem um elenco com pelo menos quinze “titulares”, não deixando ninguém se acomodar.
Há tempo, há muito tempo não tinha tanto prazer em ir a campo ver o Atlético jogar. O time pode até tropeçar, vai perder partidas, mas a luta a dedicação em campo fazem valer o preço. Dando tempo ao tempo, mostramos que o Furacão voltou.
Imagina em nossa casa nova!
COPA DO BRASIL
Torneio esquisito, ainda mais este ano em que clubes parecem ter escolhido serem eliminados para disputar a Sul Americana, ainda mais quando criam um estranho atalho para os melhores entrarem já numa fase aguda, enfim, um torneio em que Juventude e Paulista foram campeões e até o coxa chegou na final e por duas vezes seguidas!
Um torneio que não tem a nossa cara. Mesmo com os grandes times de 2001 e 2004 por exemplo, ficamos no caminho, quase sempre eliminados em casa e por adversários nada mais que medianos.
Este ano entretanto há algo diferente no ar. Vemos um Zezinho lutando por cada bola como se fosse um prato de comida, vemos Manoel parecer se multiplicar em campo, vemos um cabisbaixo Pedro Botelho reunir forças e coragem e ir pra cima, vemos um Paulo Baier exausto e querendo jogo o tempo todo, vemos um limitadíssimo Delatorre fazendo seu máximo e um infernal Edershow incansável, sedento por gols, “enchuriçando” a vida dos marcadores.
Estamos assistindo um Atlético implacável e que, sabedor de seu potencial e suas limitações, joga com alma e espírito dos que querem alcançar o topo, querem ser campeões.
Independente do que aconteça, esse Atlético é o que mais se aproxima daquilo que se precisa para vencer um torneio mata-mata, traiçoeiro e difícil como é a Copa do Brasil.
Este ano dá pra chegar lá.
ARREMATE
“Eu tenho este amor para dar/
O que é que eu vou fazer.” - Promessas, TOM JOBIM
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