Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

Aqui é Atlético, sim senhor!

08/08/2013


O que importa, de fato, é o fim. Uma bola na rede, certas vezes, é o suficiente para fazer do sonho, uma realidade. E a realidade é que colamos na parte de cima da tabela e estamos sorrindo, outra vez!

O Atlético não jogou um bom futebol contra o Bahia. Afoito, ansioso e sabendo da importância dos três pontos, foi com tanta sede para cima do time baiano, que parecia querer empurrar a bola para o barbante a qualquer custo. Mas faltava alguma coisa, sabíamos disso. Tínhamos volume de jogo e posse de bola, mas não conseguíamos encaixar um ataque limpo, daqueles que levantam o torcedor. Não tínhamos Everton, e tínhamos Baier errando muito. Não tínhamos Ederson no primeiro tempo, e tínhamos Dellatorre, também finalizando mal e deixando a desejar. Nossos laterais não se soltavam, o time parecia “travado”, com o atacante Marcelo procurando desesperadamente um espaço dentro de campo para jogar.

Sabíamos que aos poucos as coisas tornavam-se cada vez mais difíceis, mas tínhamos algo que há muito tempo estava nos faltando: determinação!

Mesmo com o time baiano completamente fechado, com o único objetivo de não tomar gols e voltar com o empate, e mesmo tendo extrema dificuldade em furar o bloqueio do Bahia, o time não desistiu. Lutou, errou, se entregou, acertou e atacou, atacou e atacou. Tentou pelo meio, pelos lados, por baixo, pelo alto. Não foi fácil, assim como nada é fácil para o nosso Atlético. E percebendo a luta dentro de campo, a torcida mais uma vez foi um grande diferencial. Ao contrário de vaias, apoio. E os jogadores, dentro de campo, movidos pela vontade e empurrados pela belíssima torcida do Atlético, pareciam formar uma verdadeira corrente em busca do gol.

Um passe mágico de Elias, um toque consciente de Dellatorre e a bola, como se estivesse cansada, procurou os pés do maestro, como se procurasse abrigo, proteção. Experiente, o nosso “garoto” de quase quarenta anos cuidou bem da pelota, e como já era tarde, mandou ela dormir lá no fundo da rede. O coração atleticano explodiu! O torcedor cantou, pulou, se emocionou e segurou na mão do time, do início ao fim.

O nosso Atlético parece ter alcançado um estado de coragem, raça e vontade. Estávamos com saudades de tudo isso. Diante dos grandes desafios e das maiores dificuldades, quando se tem coragem, raça e vontade, sobra uma virtude essencial para a busca da vitória: a confiança. E confiança, no futebol, é tudo!

Parabéns pela raça, pela garra e pela determinação, Furacão!

Aqui é Atlético, sim senhor!


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