Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Não está difícil

05/08/2013


Longe de ser um primor de time, de levar a sério o grito que nós mesmos entoamos ao final do jogo de ontem de que “o campeão voltou”, mas o Atlético provou nas últimas semanas que é possível fazer uma campanha sem maiores sustos neste equilibrado campeonato brasileiro.

Equilíbrio aliás que se vê ao analisar a classificação, tanto pelos poucos pontos que separam o primeiro colocado (Cruzeiro com 23) do décimo (Vasco com 14). Inclusive as melhores equipes até agora possuem um ou outro destaque pontual (Alex, Seedorf, Dagoberto), mas tem no conjunto, nas boas peças de reposição e no equilíbrio dos setores em campo seus grandes aliados.

Perdemos um tempo precioso ao jogarmos muito pouco no primeiro semestre e ainda mais sem treinador de verdade. Mancini se não é o treinador dos sonhos da torcida, pelo menos é treinador de verdade, não um mero especulador escritos de livros. Conhece o que pensa o jogador, consegue ler e observar as obviedades que afloram durante a partida, coisa que seu antecessor não conseguia fazer, mesmo tento tido todo o tempo do mundo.

Ainda nos faltam peças, especialmente as já cantadas e manjadas posições dos números 4, 6 e 9, ainda que o esquisito Delatorre e o oportunista Ederson estejam, bem ou mal, dando conta do recado lá na frente. Mas temos reposição falha, na verdade falta de banco para algumas posições chave que pode nos custar alto num campeonato longo e cansativo como o Brasileiro.

No mais vale a pena destacar o esforço da direção em nos manter na Vila Capanema, local central e que podemos acessar com facilidade, pois o preço em jogar fora de Curitiba poderia ser ainda mais alto.

No belo domingo de sol, vimos a nação atleticana tomar o estádio do Paraná Clube, local pouco acostumado a bons públicos e vitória do mandante na Série A, mas que ajuda a exercer pressão no adversário e mostrar o calor da torcida ao nosso time.

Time este que não pode querer fazer mais do que pode, que quando joga com afinco e dedicação faz bonito, nos enche de orgulho e vai criando aquela energia positiva entre time e torcida, e por isso mesmo não deve e nem pode inventar, querer ser mais do que é. Jogando com ciência da limitação que possuímos, podemos ir mais longe, e por que não, beliscar algo a mais neste Brasileiro?

Não está tão difícil pontuar entre os melhores. O Atlético e sua história já provaram isso. Vamos acreditar!


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