Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

Chegou a hora da virada!

01/08/2013


Conhece aquela sensação de incerteza, misturada com um pouco de angústia, com uma pitada de preocupação? Já foi do inferno ao céu em menos de dez minutos? Já esteve em estado considerado praticamente depressivo e depois de alguns minutos encontrou-se em estado de êxtase? Já teve a sensação de que seu coração estava pisoteado e de repente, de um momento para o outro, seu coração parecia sair pela boca de tanta euforia? Já deu duas porradas no ar, uma de raiva, outra de alegria, no intervalo de dois minutos?

Se tudo isso já aconteceu com você, fique tranquilo. São apenas alguns sintomas do atleticanismo, uma paixão sem limites, sem explicações e um tanto quanto misteriosa.

Definitivamente, a grande receita para algumas dores do futebol tem nome: resultado! Deixo de lado, a partir de agora, todos os assuntos tratados fora das quatro linhas e trago para o torcedor atleticano o que existe de mais sublime em nossa relação: a grande alegria de ver o Atlético vencer! E veja como as coisas do futebol são surpreendentes: contra tudo, todos e um pouco mais, chutamos duas bolas para as redes do campeão das Américas e trouxemos importantíssimos três pontos para a Baixada. Isso prova que precisamos acreditar mais em nossas forças, renovar a nossa fé e voltar a levantar a nossa bandeira com vibração.

É disso que o Atlético precisa: voltar toda a sua atenção para os resultados dentro de campo. Só isso!

Temos consciência que somos fortes, temos um manto que, além de sagrado e de nos remeter a um passado emocionante, nos traz a certeza que podemos sim voar mais alto. Não nascemos com o rótulo de figurantes. Estamos neste mundo porque temos um diferencial, uma marca muito forte, uma energia invejável. Somos, de fato, uma nação enlouquecida, que não mede esforços e que leva, na alegria e na tristeza, de peito aberto, o amor ao nosso Atlético a todas as partes do mundo.

Precisamos, de uma vez por todas, voltar a ser um só povo, sem picuinhas, sem medo, sem omissões, sem explorações. Precisamos aproximar o Atlético da sua grande massa, separar a modernidade da fodástica estrutura e planejamento de um novo modelo de futebol dos velhos e bons tempos de torcedores sem distinção. Atleticano é atleticano, e ponto final. Só assim, apenas com a força da nossa sintonia, conseguiremos trazer de novo o Atlético ao seu lugar. O clube merece, e o seu povo também.

A vitória contra o Atlético Mineiro não veio de virada por acaso. Para algumas coisas existe explicação. Chegou a hora de virar o jogo! E a hora é agora, Furacão!

“Vamos lá rapaziada, tá na hora da virada, vamos dar o troco... Vamos botar lenha nesse fogo, vamos virar esse jogo que é jogo de carta marcada... O nosso time não está no degredo, vamos à luta sem medo que é hora do tudo ou nada.” (Beth Carvalho)


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