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Silvio Toaldo Júnior
Silvio Toaldo Júnior, 49 anos, é administrador, engenheiro mecânico e sócio furacão desde 2008. Sempre acompanhou o Atlético desde a época de vacas magras no Pinheirão e teve um sonho realizado em 2001 vendo ao vivo e a cores o Furacão ser campeão brasileiro.
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Onde vamos parar, Atlético?
25/07/2013
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Ontem o Clube Atlético Mineiro foi campeão da Copa Libertadores da América devendo até os tubos, mas foi. Chegou ao topo das Américas com um time, digamos, competitivo. Não, não vou parabenizar ninguém pelo tÃtulo, nem mesmo o técnico Cuca, meu vizinho aqui em Santa Felicidade, mas esse tÃtulo nos foi prometido já alguns anos e até agora nada.
Sem qualquer comparação de administração de futebol ao time que entra em campo passando pela comissão técnica os mineiros do Atlético deram um banho nos paranaenses, acho que a causa é a volúpia e o desejo que o presidente fanfarrão deles tem em relação ao futebol. Ele gosta, ele chora, se descabela e se emociona quando seus comandados estão defendendo as suas cores dentro de campo, já o nosso presidente já declarou que não gosta e não entende nada de futebol.
Mas essa pequena introdução não foi para falar do tÃtulo do vizinho, o problema a ser tratado é no que se transformou a nossa torcida nos últimos anos e em alguns quesitos eu também me incluo nesta parcela de torcedores.
Após o tÃtulo brasileiro de 2001, os dois vice-campeonatos em 2004 (Brasileiro) e 2005 (Libertadores) o Atlético parou no tempo, ou seja, a grama do vizinho sempre é mais verde que a nossa; a mulher do seu amigo é mais gostosa que a sua e os jogadores e tÃtulos dos rivais são sempre melhores que os nossos.
Uma grande parte da torcida atleticana está mais preocupada com a roupa do vizinho no varal do que com a sua que está na chuva. Se a sua maior preocupação está em se livrar dos seus amigos que torcem pelo time rival e não com o seu time que está dentro de campo pode parar e esperar sentado que a tendência é piorar.
Mas essa preocupação é a menor de todas quando comparada com alguns torcedores que saem de casa para ver um jogo contra o Paysandu com menos de 5⁰C de temperatura e fica xingando os jogadores mesmo antes da bola rolar. Imaginem o que aconteceria se o time não tivesse passado de fase na Copa do Brasil. Sinceramente, não consigo entender esse tipo de torcedor. Todos, eu disse todos, tem o direito de reclamar, xingar e se exaltar, mas depois do apito final do árbitro, antes disso, me perdoem, mas acho que é burrice.
Eu sou um exemplo de torcedor que prefere não ir para não atrapalhar, sou sócio, aliás, continuo sócio, mas desde o intervalo do jogo contra o Londrina pelo Paranaense, onde fui embora com meu filho não voltei mais ao estádio, pois naquele momento achei que o Atlético deixou de respeitar o seu torcedor, aliás, continua desrespeitando com esse papinho mequetrefe de que o torcedor precisar ter paciência e fazer sacrifÃcio.
O Atlético só voltará a ser respeitado quando tiver um time dentro de campo que saiba utilizar toda a mÃstica da Arena da Baixada com a paixão da sua torcida, caso contrário, continuaremos sendo um time antipático, com um dos melhores estádios do paÃs e com um CT de fazer inveja aos adversários, apenas isso.
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