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Ana Flávia Weidman
Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!
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Novamente começamos o brasileirão capengando. Longe de serem fáceis, até porque não tem jogo fácil pra nós, os primeiros confrontos do certame nacional nos davam uma boa chance de pontuar já que iríamos enfrentar, exceção feita ao Cruzeiro, elencos bem medianos. Para nossa surpresa, embora tenhamos feitos jogos interessantes do ponto de vista ofensivo, vimos nossa cozinha defensiva bater cabeça e entregar a rapadura. Quem diria!
Até entendo que não seja o fim do mundo e que dá sim para achar coisa boa no meio dos míseros 2 pontinhos de 9 disputados. Mas que o time precisa levar um sacode, isso precisa! Não adianta chorar pelo planejamento feito, estamos em junho e o time é esse aí. Cansamos de falar que o Atlético precisa de reforços e que o mesmo time que conseguiu o acesso no último suspiro não teria condições de manter-se na série A. E quando falamos em reforços, é atleta que chega, escolhe a camisa e joga. É unanimidade. É titular. É decisivo. Aposta não é reforço, é apenas contratação para compor elenco. E disso o Atlético está cheio!
Enfim, fosse só o elenco limitado, quem sabe não passaríamos tanto sufoco. Mas não, no Atlético a dificuldade é sempre maior. Ricardo Drubscky mais erra do que acerta. Teve um tempão para treinar o time e parece que quando acerta na frente, bagunça tudo atrás e quando tenta consertar, substitui mal e coloca tudo a perder de uma vez. De verdade? Eu acho que a permanência de Ricardo no Atlético mais se justifica pela total concordância e submissão ao “projeto” do que pela sua competência como treinador.
Agora junta tudo isso com um processo de acomodamento de parte dos torcedores e, parece, do time. Tudo muito morno. Perder ou ganhar parece que não mexe mais com o brio de ninguém. Nos últimos anos aceitamos a derrota como se fosse algo normal. Perdemos os estaduais e ninguém se importa, perdemos para o time do Perpétuo Socorro, mas desvalorizamos nossa história e rivalidade. Perdemos para time reserva, entregamos a vitória por duas partidas consecutivas depois de passar um semestre inteiro só treinando e tem gente que continua falando das obras na Baixada para justificar todos os nossos insucessos?
Nunca fomos uma torcida morna. Chatinha. O sangue rubro-negro é quente! Uma torcida vibrante se associa, enche estádio, incentiva, viaja sempre que pode, carrega o time nos braços! Chega dessa coisa morna e sem graça que não combina com o Atlético nem com o futebol. Está na hora da gente voltar a viver os 90 minutos como se fossem os mais importantes da vida, de rir e chorar, de ficar nervoso e ansioso antes de uma partida.
A tradição, vigor sem jaça,
Nos legou o sangue forte
Rubro-negro é quem tem raça
E não teme a própria morte.
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