Alexandre Sugamosto

Alexandre Sugamosto e Silva, 39 anos, é produtor cultural e consultor. Vê o futebol como uma guerra estratégica e acredita que a heráldica atleticana deve ser motivo de temor e reverência por parte dos adversários. Adepto do jogo ofensivo, sonha em rever os dias gloriosos do Furacão das Américas.

 

 

E assim começou 2013...

27/05/2013


Finalmente 2013 começa para o time principal do Atlético: muito nervosismo por parte da fanática torcida rubro-negra que, por quase não ter visto a equipe A, aguardava ansiosamente a peleja contra o time das Laranjeiras. O Fluminense, por sua vez, entrou com o esquadrão reserva pois estava com as atenções voltadas para o principal torneio continental de clubes.

Poucas novidades do lado atleticano. Começamos a partida com a base do time que foi promovido da ‘bacia das almas’ e os reforços, como Ederson, o garoto Léo, e Everton, não geraram no torcedor o impacto das grandes contratações.

Com a bola rolando, vimos um Atlético organizado: trocando passes, buscando a marcação compacta e invertendo jogadas sem apelar para o chutão. Jogávamos melhor e pressionávamos quando, infelizmente, Cleberson, que ainda precisa ganhar cancha e serenidade, cometeu um pênalti infantil: Sóbis abria o placar para o Fluminense. O Furacão não se abateu. Continuou trocando passes e pressionando até que Manelckenbauer, jóia da casa, balançou a horta de Ricardo Berna. Um empate que ainda não traduzia o imenso domínio rubro-negro.

O segundo tempo imitava o primeiro e o Atlético continuava em busca do gol, sem sucesso na pontaria. O destino, caprichoso, puniu a ineficácia dos frontais: Samuel aproveitaria a sonolência da cozinha rubro-negra e deixaria um inferior, mas mais eficiente, Fluminense em vantagem. Tentamos mais, é verdade. Chutamos na trave, na rede pelo lado de fora, no travessão, em cima de Berna, nas placas de publicidade... morremos na praia. Os reservas das Laranjeiras venceram pelo placar mínimo e aos atleticanos restou o muro das lamentações.

Depois do jogo surgiram duas correntes de torcedores: os pessimistas, comentadores de resultado, que querem expulsar o velho ‘Druba’ e banir o time titular e os ufanistas, os sonhadores, que sempre acham uma ‘desculpa’ para a derrota. Nem isso nem aquilo. Realisticamente, o time jogou bem, embora ainda precise de reforços e careça de ritmo e cancha. Está, contudo, bem treinado: apresentou jogadas de penetração, passes rápidos e ótima movimentação (até o Abelão ficou estarrecido).

O certame, porém, é complicado, longo e construído com pontos: não poderíamos nos dar ao luxo de perder para uma equipe mista.

Águas passadas. Quarta feira é dia de passear no Boqueirão e cozinhar a raposa para o jantar! Pra cima, Atlético!


Este artigo reflete as opiniões do autor, e não dos integrantes do site Furacao.com. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.