Alexandre Sugamosto

Alexandre Sugamosto e Silva, 39 anos, é produtor cultural e consultor. Vê o futebol como uma guerra estratégica e acredita que a heráldica atleticana deve ser motivo de temor e reverência por parte dos adversários. Adepto do jogo ofensivo, sonha em rever os dias gloriosos do Furacão das Américas.

 

 

Boa estreia

06/04/2013


A torcida rubro-negra estava apreensiva com o início do Furacão na Copa do Brasil. Não era para menos: essa seria a primeira partida oficial do time principal na temporada e os últimos amistosos não foram lá muito animadores. O fato incontestável é que a Copa do Brasil não é uma competição fácil.

Conhecida pelo aspecto folclórico, a Copa acaba sendo a grande oportunidade para que equipes de menor expressão mostrem serviço, desbanquem as grandes potências e gerem receita direta e indireta Uma eliminação imediata é sempre problemática.

A primeira partida do Atlético foi preenchida com todos os elementos exóticos da Copa do Brasil: estádio acanhado, mas com forte pressão da torcida, gramado pesado e toda a ansiedade de enfrentar uma equipe que, apesar da tradição futebolística, é pouco conhecida pelos torcedores. Dentro de campo, vimos um Atlético bem postado e com um futebol muito parecido com o que foi apresentado nas rodadas finais da série B. É evidente, no entanto, que o time sentiu a falta de ritmo em competições oficiais. Entrou com o ‘pé leve’ e teve que suar a camisa para não ceder ao jogo de arranca-grama proposto pelo Brasil de Pelotas. A equipe gaúcha, por sua vez, demonstrou pouco poderio ofensivo e quase não incomodou a sólida defesa rubro-negra.

Os destaques positivos ficam por conta de Manoel e Fran Mérida. O primeiro demonstrou que continua em plena forma e com ótimo tempo de bola. Firme nas divididas, seguirá formando excelente dupla com o versátil Cleberson. Mérida demonstrou eficiência, visão de jogo e inteligência. É cedo para afirmar qualquer coisa sobre o garoto, mas o gringo entrou com elegância e parece não ter sentido o peso da adaptação ao modo de jogo dos brasileiros.

Desapontadora foi a participação dos laterais atleticanos. Jonas e Leo pouco fizeram e, quando tiveram oportunidade, acabaram incorrendo em erros primários. Apoiaram pouco e defenderam menos ainda.

Foi excelente o futebol apresentado pelo Furacão? Não. Mas a Copa do Brasil é conquistada com resultados e uma vitória inicial é o primeiro passo para aspirações maiores.

Pra cima, Atlético!


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