Ana Flávia Weidman

Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!

 

 

Alerta

19/03/2013


Treino é treino, alguém disse um dia. Correto. Não tem graça nenhuma, não existe motivação, não vale nada e, parece que em se tratando de Atlético, também não há cobrança. Nas palavras do nosso treinador, que, a propósito, está tranquilo com o time: “estamos no caminho certo”!

Qualquer análise de uma partida que pouco vale deve ser feita com cuidado. Como faz para avaliar atletas que sabem que são titulares, que jogam sem torcida, que não aparecem na TV, que andam meio esquecidos? As seguidas derrotas para times bem medianos são resultado de alguma insatisfação e displicência dos jogadores ou o time é realmente muito limitado? E a tão falada ausência de ritmo de jogo, pesou? Por enquanto, tudo não passa de especulação.

Seja o que for, o alerta já deveria estar ligado há tempos. A pré-temporada gigante é uma aposta, melhor dizendo, uma novidade e ninguém sabe ao certo no que isso vai dar. Se estamos pisando em terra desconhecida, deveríamos ser mais flexíveis em corrigir a rota quando fosse necessário.

A Copa do Brasil não admite tropeços. Eu entendo ser muito temerário colocar o time titular para fazer a primeira partida “valendo” numa competição em que qualquer descuido pode ser fatal. Um “dia ruim” do time pode custar todo o planejamento do primeiro semestre. Minha preocupação maior não são as primeiras fases porque acredito que passaremos por elas sem maiores assombros. Mas tendo feito apenas dois ou três jogos de verdade, teremos condições de disputar um campeonato com os demais times que estão na ativa desde o início do ano? Espero que sim.

De qualquer modo, o torcedor não deve se iludir com a pré-temporada, mas sim ter a exata noção de que estamos falando do mesmo time que voltou para a Séria A no sufoco. Não há tempo de treino que baste para ensinar alguns a arte do futebol. O jeito é ter paciência porque qualquer avaliação precipitada pode tumultuar ainda mais um ambiente que já está sensível.

Do fundo do meu coração espero que esse mundo de faz de conta tão propagado pelos veículos oficiais do Atlético seja apenas uma forma de blindar o time e que providências estejam sendo tomadas. Ainda dá tempo de colocar o time titular para jogar o Paranaense nas partidas disputadas aqui em Curitiba. E aí sim, sem peneira tapando o sol, avaliar o que esse time tem para oferecer.


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