Ana Flávia Weidman

Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!

 

 

Dilema da arbitragem

05/03/2013


Domingo teve o tal clássico aquático. A garfada correu solta e o título do primeiro turno caprichosamente caiu no colo do time verde. Diante de um Estádio do Café lotado, coisa rara de ser ver no sofrível campeonato estadual, o futebol paranaense deu mais uma prova de que não é administrado por gente séria.

Bastou o repeteco dos lances de vôlei, digo, lances polêmicos, para que alguns atleticanos declarassem que sim, o presidente tem razão, vamos de sub-23 mesmo porque o caneco já está prometido. Muita calma nessa hora, povão!

Há sim um baita, ou melhor, uma tremenda coincidência acontecendo no ruralzão, em que se verifica que erros grosseiros de arbitragem favorecem sempre o mesmo clube. Entra ano e sai ano, e, como que por milagre, no certame estadual apenas um time não reclama de arbitragem. Ah, e que fique claro que estamos tratando tão somente do Paranaense, porque em competições nacionais a coisa muda de figura.

Enfim, o que eu queria dizer é que a manutenção do sub-23 não se justifica pela hipótese (eu escrevi hipótese, que fique bem claro!) de já termos um virtual campeão. A teoria de que já tem nome estampado na taça não pode servir de desculpa para a nossa pífia campanha. Acredito que o time titular teria totais chances de vencer o campeonatinho estadual e colocar tudo no seu devido lugar. Mas, ultimamente não estamos fazendo tão bem a lição de casa a ponto de colocar exclusivamente na conta da arbitragem os nossos insucessos.

De todo modo, o time que jogou a última partida mostrou que é possível brigar pelo título do segundo turno. Não dá para jogar a toalha e fechar os olhos para as nossas deficiências sob o pretexto de título encomendado. Primeiro façamos a nossa parte. Depois sim, a continuar essa palhaçada no apito, teremos toda razão em cobrar providências.


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