Jean Claude Lima

Jean Claude Lima, 57 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".

 

 

E que venha 2013!

29/12/2012


Curitiba é uma cidade maravilhosa e aqui tenho tudo que sempre sonhei para mim, esposa e filhos. Estudei no Rio Branco, CEFET-PR e UFPR, quase sempre vivi no lado sul da cidade e o Atlético-PR sempre fez parte da minha vida. É por isso que me arrisco a escrever sobre o Clube.

No balanço de final de ano, é fundamental olharmos de forma crítica tudo o que aconteceu com o Clube, em especial as dificuldades que passamos para regressas à primeira divisão do futebol nacional.

Primeiro gostaria de comparar as gestões do Clube. Se houve na gestão anterior um grupo de atleticanos completamente comprometidos com o Atlético-PR, é justo dizer que algumas dessas pessoas cometeram pecados irreparáveis, sendo o principal deles permitir a queda para a segundona. Há uma diferença gritante de comportamento, pois a atual gestão nesse quesito quando percebeu o barco afundando pelos seus próprios erros, agiu para repará-los e mesmo sem garantir os resultados, também contou com a sorte e trouxe o Furacão para o ser devido lugar. Faltou algo ou alguém, ou força no grupo anterior para tomar o mesmo tipo de atitude, que talvez resolvesse os nossos problemas. Subimos e o mito “Petraglia” se fortaleceu aos olhos do torcedor, que hoje em grande parte é capaz de absolvê-lo de quaisquer pecados, desde que alguém consiga provar a existência deles.

Se o mandatário anterior tinha dúvidas em relação ao assunto "Copa na Baixada", Petraglia, se as teve, foi única e exclusivamente por enfrentar uma das mais fortes ondas contrárias a realização da Copa não em Curitiba, mas na ARENA da Baixada. Quando as lideranças contrárias perceberam o que ia representar para o Atlético-PR a realização do evento em seus domínios, estabeleceram trincheiras de guerra na Câmara Municipal, na Assembléia Legislativa, nos órgãos fiscalizadores e enfim, onde houvesse espaço para ser disputado. Fato consumado e cartas finalmente reveladas, alguns inimigos (não todos eles) apresentaram suas armas não apenas para marcar posição, mas também para se posicionar no complexo tabuleiro político, acumulando gordura para também fazer as suas reivindicações. Não há aprendizes nesse jogo e ninguém faz movimentos despretensiosos.

A nossa interminável guerra com alguns setores da mídia continua. Isso é um capítulo especial do meu balanço de fim de ano. Como pretenso jornalista que sou, acompanho de forma especial os exageros que cometemos contra alguns colegas de profissão, bem como algumas análises “sensacionais” feitas por comentaristas e redatores. Algumas me chamaram mais atenção. A matéria da Gazeta do Povo que ignorou o jogo Atlético-PR X Flamengo-RJ, como sendo o de maior público da história do Couto Pereira, seguramente é um dos destaques. Também chamou muita atenção a interminável guerra de Airton Cordeiro contra Petraglia, que muitas e muitas vezes esbarrava nos interesses do Atlético e de seus torcedores. Ódio e rancor puros, mascarados sob a égide da transparência e da probidade. Balela. A vingança é o sentimento que predominou na alma do jornalista, e deve acompanhá-lo em 2013. O caso não se resolveu.

Por fim, vamos deixar esse ano de Segunda Divisão no passado e não no esquecimento. Deve sim nos servir de maneira pedagógica, didática mesmo, para que não cometamos os mesmos erros. O Atlético-PR dos parceiros internacionais, da administração saneada, dos sócios que não abandonaram o time, da Arena da Copa e do CT do Caju, não combina com estádios vazios e equipes de baixa qualidade. Em 2013 e para todo sempre, que recobremos a ambição, a gana por vitórias e a vontade de ganhar títulos, desejos que em 2013 ficaram em segundo plano, pela vontade de retornar a elite. É pouco. Queremos e podemos desejar mais.

Desejo a cada família atleticana, um feliz 2013, cheio de alegria, paz e muitas conquistas. Quero compartilhar com cada um de vocês muitas alegrias nos estádios, ruas e redes sociais. Aos amigos do Furacão é sempre bom agradecer pela oportunidade. Tenho orgulho de fazer parte da equipe. Aos bons amigos que me mantiveram informado sobre assuntos fundamentais, obrigado pela confiança. Jornalista sem fonte é a mesma coisa que arroz sem feijão. Sempre parece que falta alguma coisa. Aos amigos que me mandaram e-mails, obrigado pelo prestígio de ler as minhas tergiversações.


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