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Ana Flávia Weidman
Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!
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Que momento vivemos no último sábado!
IncrÃvel como uma única partida conseguiu resumir toda uma temporada! Dentro e fora de campo revivemos os piores e os melhores momentos de 2012. E a chuva? Quando ela chegou lavando a alma de todo atleticano que estava ali no EcoEstádio senti que a maldita série B estava indo pelo ralo para nunca mais voltar! Sim, era um sinal dos céus. Sinal de dever cumprido, de missão concluÃda, de objetivo alcançado.
Todo o atleticano deve estar orgulhoso da sua conquista. Fomos até Ponta Grossa, depois descemos ao litoral, nos acomodamos no acanhado EcoEstádio, levantamos de madrugada para invadir São Caetano e, por último, rodamos muitos quilômetros até Criciúma. A verdade é que o Atlético nunca esteve sozinho, porque por onde andou Brasil afora vimos na arquibancada atleticanos apoiando e carregando esse clube nos braços!
E como foi comovente ver a forma pela qual os atleticanos abraçaram o Furacão na série B. ImpossÃvel não se emocionar ao ouvir de um ilustre atleticano desconhecido lá em Criciúma toda a sua saga para estar ali no Heriberto Hülse. Saindo de Ponta Grossa, parando de rodoviária em rodoviária até chegar à terra do carvão, sem ingresso e sem a certeza de que assistiria a partida na torcida rubro-negra. Valente, com um olhar que transbordava amor, limitou-se a dizer que valia a pena.
Que momento!
Mas teve mais! Mais momentos memoráveis, como quando os ônibus chegaram em São Caetano naquele sábado nublado! Além de tudo que representava estar novamente no Anacleto Campanella jogando a vida, encontrar os amigos e ver no semblante de cada um o desejo de gritar por milhares que não puderam estar ali era tocante. Ou então a minha solitária comemoração pelo gol salvador de Paulo Baier contra o América – MG, jogo que não vi porque estava trabalhando. Só Deus sabe a emoção que senti ao ouvir os gritos vindos da rua e as mensagens no telefone que não paravam de chegar! Todos anunciavam a virada histórica e lamentavam o fato de eu não estar ali na arquibancada. Ah, como eu chorei nesse dia.
E enquanto o acesso não se confirmou, mantivemos a confiança e a certeza de que nada nem ninguém impediria o nosso retorno à série A.
Mas como tentaram frustrar a nossa festa.
Dos adversários que negaram aluguel de estádio, passando por parte da imprensa até esta última partida, quando o time tricolor demonstrou uma gana de vencer não vista durante todo o campeonato. Mas o Furacão soprou forte quando foi preciso e derrubou, um a um, todos os obstáculos que foram lançados no caminho. E triunfou!
Este momento de alegria foi tão sonhado por todos nós. Desde a queda não se passou um dia sequer que eu não pensasse no acesso. Todo o sacrifÃcio que fizemos foi recompensado! A ordem foi restabelecida.
O meu (o nosso) Furacão voltou!
Que momento!
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