Ana Flávia Weidman

Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!

 

 

Adeus, Série B

20/11/2012


Perdi as contas de quantos “jogos da vida” o Atlético fez este ano. E o derradeiro deles está por vir. Sábado é dia de voltar para a série A e colocar a vida nos trilhos. Restabelecer a ordem. O pênalti desperdiçado pelo São Caetano no último sábado não pode ter sido à toa.

Esse 2012 não acaba nunca e vai protelando a ansiedade, o nervosismo e a expectativa de todo atleticano. Acreditei que voltaria de Criciúma com a vida resolvida e a alma lavada. Mas, não. Quem disse que seria fácil? Juro que estou esgotada emocionalmente. Poupando as últimas forças para empurrar o meu Furacão de volta à elite do futebol brasileiro.

Ao trilar do apito na última partida do ano estaremos novamente na primeira divisão. É só não tomar gols. Só? Todo atleticano tem consciência de que nós não sabemos jogar para empatar e sabe melhor ainda que todas as vezes que entramos em campo pensando que o jogo estava ganho, fracassamos. Ah, como a soberba custa caro!

Cabe a nós, somente a nós, fazer o resultado. Em nenhuma hipótese podemos contar com a ajuda de outros times. Teremos que jogar com seriedade, com raça e com respeito pelas cores rubro-negras. Nosso adversário certamente deseja fazer uma graça para impedir a conquista do acesso. Jogará despreocupado, sem responsabilidade e nenhuma ambição, exceto estragar a nossa festa. É preciso cuidado.

Ao final de uma jornada tão sofrida como esta que vivemos em 2012, depois de tantos quilômetros rodados pelo povão atleticano, tanto grito, chuva na cabeça e sol na moleira, nós merecemos voltar para a série A. Era o nosso maior objetivo do ano e estamos muito perto de alcançá-lo. Como escrevi na semana passada, não há tempo nem espaço para outra coisa que não seja o apoio incondicional ao elenco. A força vinda das arquibancadas é certa! Nós, que seguimos o Atlético em toda a parte não iremos decepcionar!

E quando o árbitro apitar o fim da partida, a única coisa que eu consigo imaginar é ver algo parecido com aquela cena em que Paulo Baier, com a cabeça enfaixa, vertendo sangue, corre para comemorar com a nação! Não porque o maestro seja ídolo ou coisa que o valha, mas porque essa foi a imagem que representou exatamente o espírito de luta que é a cara do Furacão!

Adeus, Série B.


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