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Rogério Andrade
Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.
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Coração na mão
14/11/2012
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Em certos momentos tenho a sensação de que consigo, facilmente, carregar o meu coração na palma da minha mão. Pulsa, e como pulsa forte o coração atleticano. Não bastasse, às vezes parece todo atrapalhado, acelerando assustado, no meio da noite, como se fosse ultrapassar a garganta e pular pra fora da janela.
Caramba, como é que um sentimento feito este consegue em poucos dias tomar conta da gente... e de tantas alterações malucas que sofre o nosso batimento cardÃaco, a impressão que temos é que vamos explodir, enlouquecer, sei lá o que...
Ser atleticano é realmente estar disposto a viver com o coração fora do peito!
Último final de semana foi uma ressaca daquelas, de sorrir o tempo todo, com apenas um pensamento: estaremos todos em Criciúma, de uma maneira ou outra, jogando com o nosso Atlético. Nada mais passa pela nossa cabeça desde o apito final em Arapiraca, na noite da última sexta-feira. Foi uma madrugada intensa de alegria e alÃvio. Um alÃvio misturado com angústia, lágrimas e insônia. Ah, como é bom ser atleticano!
Domingo foi uma breve pausa para um descanso, uma respirada mais funda e talvez uma busca por um maior equilÃbrio. Noite que não passa. Semana de feriado, mais curta, vai passar logo. Parece que acordei hoje cedo e ainda era segunda-feira de manhã. Semana mais curta que nada... semana que não termina nunca, e que demorou muito mais do que sete dias para, pelo menos, chegar na metade.
Se tá difÃcil dormir, também tá difÃcil almoçar, jantar, trabalhar. Tá uma dureza segurar por tanto tempo esse coração que vive me ameaçando, como se quisesse me matar a todo instante. A única diferença do atleticano é que o coração mata a gente de alegria, de prazer e de êxtase. Ah, como é bom ser atleticano!
Está chegando a hora, irmão rubro-negro. Está chegando a hora de mais uma batalha, de mais um teste para os nossos corações. Está chegando a hora de passar mais 90 minutos com o coração na mão. E não tem jeito, atleticano é assim mesmo, vive como se estivesse em transe, parando no tempo por pelo menos uns 5 minutos, no meio do trabalho, olhando fixamente para o plano de fundo vermelho e preto do computador, imaginando como será a tarde do dia 17 de novembro de 2012.
Tenho a absoluta convicção de que a partir do primeiro minuto do próximo sábado, estaremos todos de mãos dadas, unindo nossas forças, nossa esperança, nossa paixão e nossa fé. Estou certo de que a nossa energia vai se multiplicar e contagiar milhares de outros atleticanos espalhados por este mundo inteiro. Cada qual, com o seu coração na mão!
Tá chegando a hora, Fabi! Tá chegando a hora, Luccas e Dhiego! Tá chegando a hora, Osmar, Zé Luiz e Terra! Tá chegando a hora, Robi, Junior, Fabrizio, Renan, Rodrigo e Noemi! Tá chegando a hora, Marcinho! Tá chegando a hora Juarez, Silvio, Vitor, Priscila, Léo e Kauane! Tá chegando a hora, Gabriel! Tá chegando a hora, meus amigos do site Furacao.com! Tá chegando a hora, meu povão atleticano!
Vamos todos gritar, com todas as nossas forças, e de uma vez por todas:
O Furacão voltooou... O Furacão voltooou... O Furacão voltooou...!!!
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