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Jean Claude Lima
Jean Claude Lima, 57 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".
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Uma tarde épica do Furacão!
20/10/2012
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Escrever a minha coluna com o coração explodindo de alegria é como se fosse uma dádiva dos céus. Se na semana passada abordei assuntos nefastos que ainda nos assombram, seria espetacular falar só do jogo de Salvador. Os chatos vão achar um monte defeitos no decorrer da partida. Já disseram que o técnico tinha que ter tirado o Pedro Botelho, que o Manoel teve pequenos surtos defensivos, enfim, coisas que os especialistas enxergam com precisão suíça e que eu, hoje, acho absolutamente desnecessário levantar.
Fomos perfeitos como uma orquestra sinfônica, que mesmo ao perde um instrumento, continuou tocando afinada, sob o comando do Maestro Elias, que fez uma partida soberba, daquelas que ele deve assistir ao vídeo em casa, mostrar para parentes e amigos. Ele foi demais. Em um dia em que Marcelo nem precisou jogar muito, o time chegou a certos momentos a abusar do adversário, tocando de forma irritante a bola de um lado para o outro, arrancando da torcida adversária gritos de “olé”.
Chegamos no G4 e temos dois jogos em casa, que são importantes demais. Vencendo chegaremos à cidade de São Caetano com musculatura fortalecida. O treinador prega de forma correta que devemos dar um passo de cada vez. Ele ganhou a confiança da torcida atleticana e antes disso, parece ter ganhando o respeito do grupo de jogadores. Ele pessoalmente está provando “na unha” que é capaz de realizar aquilo que escreve, se fortalecendo e mostrando que não é apenas um teórico do futebol, mas um técnico de verdade.
Nos bastidores soube que Jorginho foi uma opção dos conselheiros e que o atual treinador foi uma opção do presidente. Deu certo. E essa vitória veio como a cereja no bolo em uma semana onde dezenas de zumbis se levantaram contra nós. Alguns dos nossos inimigos usam a figura do presidente, para impedir a concretização de nossos projetos. Mascaram a rivalidade em seu estado bruto, embalada no discurso da moralidade e da ética. Claro que a gente séria que tem legitimidade para fazer isso, pois é condizente com o histórico de lutas políticas, de posicionamentos políticos e de biografia. Outros ao contrário pegam carona na confusão toda, surgindo como paladinos da ética e da moral. Essa gente não tem a necessária isenção para julgar o Atlético em nada, já que tem vínculos afetivos com o maior rival do Clube, que não enxerga apenas as disputas em campo, mas sim a disputa pela hegemonia do futebol paranaense nos próximos anos.
O Atlético se organizou para receber a Copa. O processo começou lá atrás, com a construção da Arena e do Centro de Treinamentos do Caju, dentre uma outra série de investimentos na administração do Clube. Qualificado conseguiu viabilizar a realização da Copa em seus domínios e é claro, isso despertou a fúria de rivais, catalisada pelos desafetos de Mário Celso Petraglia. Nada do que Petraglia fizer vai estar certo para os seus rivais. Se ele errar em algo, é o que basta para ser esmagado e questionado. Questões pequenas viram problemas gigantes e os problemas gigantes se transformam no caos total.
O que a atual diretoria fez em sua quase totalidade, descontando Cid Campelo que já não faz mais parte do grupo, foi assinar uma nota onde há além das explicações das confusões, uma forte demonstração de unidade política em torno da figura de Mário Celso Petraglia, que está blindado e mostra força junto aos seus pares. O Conselho legitimou todas as decisões tomadas até agora, abriu portas e convidou o Tribunal de Contas e o Ministério Público para investigar o Clube “por dentro”, apresentando todos os documentos. Nas rádios, Cid disse que não encontrou irregularidades, o que enfraquece pesadamente seus argumentos.
O fato é que a Arena vai sair. Eu não tenho dúvida disso. Tenho meus questionamentos e vejo situações que são mesmo desagradáveis. Poderiam ter sido evitadas e não dariam munição aos nossos inimigos. Vamos debater o tema à exaustão, mas numa linha paralela a do futebol.
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