Rodrigo Abud

Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.

 

 

Ecos de um sábado mágico

12/10/2012


Tenho certeza de que o sábado foi mágico e emocionante para todo torcedor atleticano. Há tempos não tínhamos um jogo tão eletrizante como o do final de semana contra o América Mineiro.

Se tecnicamente a partida não foi das melhores, no quesito emoção ela foi completa. Foi fantástico chegar no Shopping Barigui e ver o centro comercial tomado de camisas Rubro-Negras.

Um rápido almoço e o destino certo era o Janguito Malucelli. Com o sol cortejando o povão atleticano, a chegada a pé para o acesso ao Portão 03, pela Rua Catarina M. Luvizoto Gorda, fez esse gordo que vos escreve difamar a “gorda” por onde eu sofria.

Mal sabia que meu coração sofreria ainda muito mais do que ao vencer a “Gorda”. No primeiro embate a cerveja antes do acesso aplacou o calor, lá dentro ela não seria minha companheira.

Bola rolando e o Furacão parecia mais cansado do que eu. O adversário chegava como queria e os gols foram saindo. Tomamos o primeiro antes mesmo de o público se acomodar. Empatamos e logo em seguida sofremos mais um gol.

Empatamos novamente, porém em mais um vacilo voltamos a ficar atrás do placar e terminamos o primeiro tempo tendo que virar.

Na volta do intervalo poucos se atentaram, mais o sol brilhou mais forte, era um sinal de que Paulo Baier, que esperava para entrar, mudaria o rumo do jogo e precisou de menos de 30 segundos para comprovar isso. Partida empatada, sol na moleira e muito mais viria pela frente.

Viramos e a torcida explodiu de alegria no Janguitão. O torcedor soltou o grito de gol e de que ainda estávamos na briga pelo acesso, mas o balde de água quente veio aos 31, e aí a aflição tomou conta da massa Rubro-Negra.

Porém o sol, o calor, as 5.740 pessoas que acompanhavam a partida no estádio e os inúmeros outros que o faziam pela televisão ou rádio, não estavam o fazendo a toa. O destino estava em débito com o Atlético e pagou parte da dívida aos 51 minutos de jogo, quando Paulo Baier, tomado pelo brilho do sol do intervalo, deu a vitória para o furacão e fez o sábado em Curitiba ficar ainda mais bonito.


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