Alexandre Sugamosto

Alexandre Sugamosto e Silva, 39 anos, é produtor cultural e consultor. Vê o futebol como uma guerra estratégica e acredita que a heráldica atleticana deve ser motivo de temor e reverência por parte dos adversários. Adepto do jogo ofensivo, sonha em rever os dias gloriosos do Furacão das Américas.

 

 

A hora da virada

24/08/2012


Depois de um longo e tedioso martírio, o Furacão voltou ao trajeto das vitórias: já são três conquistas seguidas. É fato que nossa margem de erro, daqui por diante, é mínima. Não podemos mais dar chance para os azarões, perder gols, pontos em casa ou apostar em jogadores de qualidade duvidosa na composição da equipe titular. É preciso estabilizar o sistema tático, o 4-2-3-1 ao menos está funcionando, e fazer com que os onze titulares ganhem entrosamento e cancha.

O jogo contra o Paraná Clube será decisivo e precisamos de uma equipe focada em conseguir os três pontos no próximo sábado. Uma eventual vitória sobre a equipe da Vila será importante em diversos aspectos: aumentará o gás para uma arrancada no segundo turno, sepultará as esperanças do rival paranaense, que, aliás, tem feito papelão no assunto da Vila Olímpica, e dará alguma esperança para o quase desacreditado torcedor atleticano. A hora da virada se aproxima! Força, Furacão!

Janguitão

Ótima a iniciativa da diretoria, que agora parece fazer um esforço para acertar, de tentar trazer os jogos do Atlético para Curitiba sem envolver os clubes ‘rivais’. O Ecoestádio será um abrigo excelente no período de exílio da Baixada e certamente a torcida atleticana irá se reunir para, novamente, pressionar os adversários e reconstruir o clima do Caldeirão. Todos nós estamos com saudade de casa.

Pontos positivos

Cleberson tem feito bonito papel na defesa atleticana. Seguro, lúcido e bem posicionado, o zagueiro tem trazido lembranças da boa época em que Rhodolfo e Manoel davam segurança à cozinha do rubro-negro. Paulo Baier, agora em papel de coadjuvante de luxo, tem entrado bem nas partidas e está confirmando a tese de que pode ser útil desde que não seja sobrecarregado.

Pontos negativos

Na partida contra o Tigre, Drubscky foi vaiado por não fazer o óbvio: sacar Henrique da equipe titular e posicionar Baier e Elias na armação para o avante. Se o interino realmente quer a vaga no banco atleticano, deve atentar-se ao que é elementar no futebol. Quem está jogando mal deve ser substituído. Henrique, aliás, não parece ser péssimo jogador, mas afunila demais pelas laterais, mesmo defeito de Marcelo, e acaba perdendo a bola por não conseguir tabelar ou verticalizar as jogadas de ataque. Se o Atlético pretende utilizar o sistema com os pontas modernos, tendência mundial, deve treiná-los para que cumpram a função defensiva e não fiquem encostados na lateral do campo. É preciso que haja melhor entrosamento entre laterais e pontas para que as jogadas pelos flancos comecem a funcionar.

A Série B deve ser jogada com raça e determinação. Pra cima, Atlético!


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