Jean Claude Lima

Jean Claude Lima, 57 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".

 

 

E Jorginho foi para o espaço!

04/08/2012


O calvário não acaba. Agora depois de mais uma derrota sobre a qual nem vale a pena fazer comentários, cai Jorginho, um técnico casca grossa, unha de cavalo, daqueles que ao chegar deu a nítida impressão que arrumaria a casa. A realidade foi bem outra e pelo menos aqui ele não conseguiu sobreviver a ira dos mandatários, depois dessas derrotas onde ele montou um arremedo de equipe de futebol. Com essa derrota de hoje, cai o pano e os últimos otimistas, aqueles poucos que ainda acreditavam que a mocinha ia ficar com o herói no final do filme, se deram conta que os vilões já tinham roubado a cena e matado os dois. Destaque para a tranquilidade de Jorginho na sua entrevista pós-decapitação, tranquila até demais diante dos fatos.

Enquanto isso, Pablo, o homem volante-centro-avante-meia-lateral e quase goleiro, está rebaixado ao time Sub-23, junto com outros jogadores da já "distante" era Carrasco. Naqueles idos tempos "Carrasquianos", que eu agora comparo com os jogos da era Jorginho, a equipe me parecia alegre e o esquema de jogo mais interessante, extamente como relatei na minha coluna de 08/04/12. Escrevi que a equipe tinha mostrado personalidade na cidade de Criciúma, "força e sangue frio" e outras qualidades que não apenas eu enxerguei. Houve mais pessoas. Carrasco parecia tirar leite de pedra e jogadores esquecidos, exatamente os mesmos que estão sendo enconstados no Sub-23, ganharam personalidade, confiança e outras virtudes que agora são de novo jogadas na lata do lixo. Voltaram a ser sapos, exatamente como no ano passado.

Fico imaginando a raiva que não sente um jogador como esse, tendo que dar entrevistas no estilo "tenho que me esforçar para estar no grupo e voltar a merecer a confiança do professor". Mentira! Eles querem mesmo é aguardar a primeira oportunidade para se mandar daqui, pois nessa confusão, jacaré parado vira bolsa.

Certo, Carrasco tinha lá suas maluquices mas creio que estaríamos em uma posição melhor do que essa se ele ainda estivesse por aqui. Claro, isso é apenas uma impressão. Nesse estado de coisas, ninguém pode me condenar por tergiversar, pois me reservo ao direto de praticar tal ato. Em dias de derrotas como essa, acreditem, fica até difícil sentar na frente do computador para pensar no que escrever. Portanto, peço perdão a quem tiver paciência de ler minha coluna.

Mas o fato é que a tristeza tomou conta do meu coração. Não consigo sentir raiva e nem mesmo imaginar um conjunto de medidas para reverter essa situação. Ao ver os Sassás Mutemas trazidos para nos redimir, fico pensando se Marcão é mesmo mehor que Nieto, Fernandão ou Bruno Mineiro. Se Tiago Adam não é mesmo Pedro Oldoni disfarçado e se Manoel não é Jofre Guerrón jogando como zagueiro. Quem se salva?

Pensei em uma medida! Ocorre a esse escriba insistir para que a nossa sapiente diretoria, gaste alguns dinares trazendo os jogos para a Vila Olímpica do Boqueirão. Se os vestiários são ruins e a estrutura geral não é boa, nada é pior do que continuar na Série B.

Para mudar de saco para mala, vamos falar de eleições. Ricardo Pinto, ídolo que quase de forma invlountária deu sua vida por beijar do escudo do Atlético diante da torcida de seu ex-clube, é candidato a vereador, assim como Paulo Rink. Ambos trabalharam no Clube, e Ricardo foi o preparador de Flávio Pantera, se não me engano na conquista do título brasileiro. Rink ganhou o mundo, jogou pela Seleção Alemã e tornou-se um exímio jogador de pôquer. Aos dois boa sorte nas eleições. É bem interessante termos pessoas preocupadas com esporte na Câmara Municipal e ainda por cima, com uma estreita ligação com as cores rubro-negras.


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