Michele Toardik

Michele Toardik de Oliveira, 44 anos, é advogada, mãe, sócia ininterrupta há mais de uma década e obsessivamente apaixonada pelo Furacão. Contrariou as imposições geográficas, tornando-se a mais atleticana de todas as "fluminenses". É figurinha carimbada nas rodas de resenha futebolística, tendo como marca registrada a veemência e o otimismo incondicional quando o assunto é o nosso Furacão.

 

 

Não apenas sacrifício

11/07/2012


Bem que me disseram que esse seria um ano de sacrifício, só que eu jamais pude imaginar que seria tanto. Afinal, sacrificante não é só ficar longe da Arena, ter que viajar semanalmente, sacrifício mesmo é ver esse time jogar.

Os lampejos de bom futebol que apresentamos durante esse ano foram frutos, principalmente, de um jogador que nem está mais aqui e que dificilmente será substituído à altura. Por incrível que pareça, através das boas atuações dele vencemos o melhor time da série B e um dos melhores da série A.

É triste, até mesmo revoltante, mas já cansei de ficar chorando o Guerrón derramado!

Por outro lado é necessário reconhecer que apesar de ter demorado demais, acho que a Diretoria finalmente se tocou que só a figura forte de seu Presidente e a base fraca do ano da queda são insuficientes para encararmos a complexa Série B.

Veio um técnico experiente, parece que a preparação física tá melhorando, uma horda de contratações está pintando por aí, temos meninos talentosos, e já estamos até voltando a vencer.
Mas será que ainda dá tempo de reagir?

Olhar para a tabela de classificação também não é minha atividade favorita no momento, mas tenho tentado fazer de toda essa dificuldade um estímulo. Subir depois de tudo isso que estamos passando será épico!

Quanto ao jogo de ontem, ao contrário do que muitos comentaristas pregaram, a suada vitória não mascarou quadro nenhum, pelo contrário, evidenciou ainda mais as nossas carências e demonstrou que o acesso à elite só virá através de milagre e união.

Não temos tempo pra muita coisa, precisamos embalar de qualquer jeito e não seria nada mal se a Diretoria movesse céus e terras pra trazer o Atlético para a Capital novamente. Porém, se for impossível jogar em Curitiba, creio que deva ser revista essa questão dos jogos em Paranaguá.

Que abram os portões para aquele que esteja ostentando as nossas cores, que facilitem a viagem dos sócios, que bonifiquem o sócio com mais ingressos, enfim que o povão possa ter acesso ao Furacão.

A Diretoria não pode ter medo de pressão, não pode querer afastar o Atlético do seu fanático torcedor, pois num momento como esse o estádio cheio só ajuda.

Tenho certeza absoluta de que mesmo com um time muito aquém do que o Atlético merece, que para a nossa camisa (auxiliada por sua torcida) uma sequencia de resultados positivos jamais será impossível.

Enquanto tivermos chances matemáticas de subir eu não jogarei a toalha. Quero luta, quero guerra, não apenas sacrifício. Na verdade, quero simplesmente voltar a me emocionar com o meu Furacão!


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