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Ana Flávia Weidman
Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!
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Para: Petraglia
26/06/2012
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Só existe um atleticano capaz de, efetivamente, mudar os rumos do Atlético neste bizarro 2012 e esse cabra se chama Mario Celso Petraglia. E é para ele que eu escrevo esta coluna.
Pois então, presidente, por onde eu entendo que o senhor deveria começar? Antes de qualquer coisa, reconhecendo aquele que eu vejo como o grande erro do seu início de gestão: ignorar a grandeza do Clube Atlético Paranaense. Quando o senhor, publicamente, disse que nosso único objetivo este ano seria o acesso, o senhor tratou o Furacão como time pequeno. Não interessa o que esteja acontecendo, brigar por vitórias e por títulos é o que move um clube de futebol, é o que move uma torcida apaixonada e é o que move um elenco. Ora, vai cobrar o que de um grupo de jogadores sem objetivos? O senhor deveria ser o primeiro a querer vencer tudo o que visse pela frente! Resultado desse pensamento covarde? Somos um time sem nenhum brio, nenhuma motivação e nenhum perfil vencedor. Quando virem sangue nos seus olhos, presidente, tenha certeza de que a motivação irá se espalhar, não só pelo elenco, comissão técnica e funcionários, mas por toda torcida rubro-negra.
O segundo erro a ser admitido é que escolheu mal a sua equipe, desde os executivos até Carrasco. Currículo não basta, assim como na maioria das vezes o barato sai caro. Caboclo tem que mostrar resultado dentro de campo, com títulos para ser mais exata.
Outra pisada feia na bola, presidente, foi se meter no trabalho dos outros. Não entendo isso! O senhor trouxe gente do mais alto gabarito, inteligência, capacidade, blábláblá, mas não deu oportunidade para trabalharem. Carrasco foi aposta sua. O diretor de futebol não tem autonomia para contratar. O uruguaio se foi e enquanto sua equipe queria tempo para trazer um nome à altura do problema que temos, o senhor contratou um novato, outra aposta. Concentre-se naquilo que o senhor faz de melhor e deixe o futebol para quem entende.
Mais um erro bobo? Manutenção de um elenco derrotado. Não existe essa de “vamos ver quem pode ser aproveitado”, esse elenco já teve inúmeras chances e já deu prova de que é fraco. Não basta só trazer gente pra ser titular, tem que se livrar de jogador preguiçoso e ruim de bola. Não existe um projeto vitorioso que conte com Bruno Mineiro, Alan Bahia, Héracles, Bruno Costa, Renan Teixeira e amigos no elenco.
E para terminar, nós torcedores precisamos de carinho, presidente. Nós somos os únicos que não temos um pingo sequer de culpa nesta situação ridícula que o clube se encontra. Nós sempre carregamos esse time nos ombros e continuaremos fazendo a nossa parte porque amamos esse clube. Agora, vagabundo a gente não carrega! Do mesmo jeito que o senhor se cansou e foi espairecer vendo um bom filme, tem muito atleticano desanimado. Lá se vão sete anos de sofrimento e culpar a torcida ou - a pior de todas, pedir calma, não vai adiantar nada. Risque do seu dicionário as palavras falácia, vendilhões, canalhas, pulhas e outras que o senhor adora esbravejar por aí e faça as pazes com o torcedor. A oposição sempre existirá e é bom que seja assim. Mas é um erro besta não ter o apoio da massa atleticana.
Bom, é isso que eu penso. E se você, que lê essa coluna, está achando que eu sou sonhadora e otimista demais, acertou! Não fosse assim, já teria largado mão do Atlético.
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