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Alexandre Sugamosto
Alexandre Sugamosto e Silva, 39 anos, é produtor cultural e consultor. Vê o futebol como uma guerra estratégica e acredita que a heráldica atleticana deve ser motivo de temor e reverência por parte dos adversários. Adepto do jogo ofensivo, sonha em rever os dias gloriosos do Furacão das Américas.
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A demissão de Carrasco, e posterior contratação de Ricardo Drubscky, deixou claro algo que todos os atleticanos já estavam pressentindo: estamos agindo como um clube qualquer. Ora, um clube qualquer faz apostas repentinas, desiste dessas apostas por conta de resultados esporádicos, não reforça o time, não respeita a torcida, frita treinadores e deixa o futebol em terceiro plano. O que tem feito o Atlético nesse sentido? Mais do mesmo.
MCP posta comentários e cartas sobre o andamento dos projetos, a soberania atleticana e o futuro; só o futuro não interessa ao torcedor. Já sabemos que a diretoria anterior realizou um trabalho lamentável, mas Mário Celso foi eleito justamente por apresentar uma perspectiva diferente ao torcedor atleticano. Alguns viram na chapa CAPGIGANTE uma oportunidade de reviver dias de vitórias, tÃtulos e prioridade ao futebol. Essa perspectiva, no entanto, é decidida nos detalhes, na escolha do técnico, nos reforços trazidos. Só falar em projetos visionários, término da Arena e campeonato mundial não nos torna melhores. É preciso, sobretudo, agir como um clube de ponta e pensar como uma equipe de primeira divisão, de Libertadores e não como um grupelho de várzea ou um aglomerado de amigos que se reúne para jogar pelada.
Lamentável, também, é essa atitude rancorosa, despótica e ridÃcula de tratar toda e qualquer oposição como falácia, como estupidez ou falta de amor ao Atlético. Eu, caro presidente, quero engolir todas as minhas crÃticas ao seu começo de trabalho. Quero ver o clube ser campeão com um elenco forte, um estádio perfeito e prioridade máxima ao futebol. Desejo estar presente no dia de uma conquista continental ou em qualquer vitória sobre os verdes que faça seus netinhos sorrirem. É preciso, no entanto, que o senhor faça exatamente aquilo que prometeu.
Nós estamos esperando ansiosamente por mudanças. Não deixe a paixão atleticana esfriar, presidente. De nada adianta sermos gigantes mórbidos e sem tÃtulos: precisamos reencontrar a alegria dos gols e o caminho das vitórias antes que seja tarde.
PS – a entrevista de Juan Carrasco deixa claro algo que todos nós suspeitávamos. Pelo jeito vamos voltar à mesmice do futebol tupiniquim.
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