Ana Flávia Weidman

Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!

 

 

Não basta!

12/06/2012


E como era óbvio e como já deveria ter sido feito quando deixamos escapar o título estadual, Carrasco arrumou as malas e esta a caminho do Uruguai. A corda sempre arrebenta primeiro em cima do treineiro e até aí nenhuma novidade. Como também não é novidade que o ano do Atlético sempre começa com seis meses de atraso. O prejuízo da aposta foi gigante, com o perdão do trocadilho.

Enfim, creio que um ponto em que todos nós, atleticanos, concordamos é que somos um clube de FUTEBOL, correto? Pois bem.

Eu entendo, muito embora discorde totalmente, que “no projeto” o ano de 2012 não é voltado para o futebol. Sim, a nossa maior razão de ser não é a prioridade atualmente. Dentro das quatro linhas, nosso único objetivo é voltar para a Série A. Eis o ponto: estamos fazendo o suficiente para alcançar a meta? Eu penso que não.

Minimamente, deveríamos ter um time titular. Vou explicar: um time em que cada atleta joga na sua posição. Não entendeu, não tem problema, eu desenho: time em que goleiro joga no gol; zagueiro na zaga; os laterais pelos lados do campo; armadores e volantes jogam no meio e os atacantes jogam na frente. Mais ou menos como funciona o time aqui do bairro. Às vezes a gente também improvisa, mas é a exceção, jamais a regra.

Se Juan Carrasco inventou demais (e inventou mesmo), não foi à toa. O disco já riscou tantas foram às vezes que chamamos a atenção para as carências do time (nem falo do elenco), para a necessidade de montarmos um 11 titular.

Iniciamos o campeonato mais importante do ano com lateral jogando na zaga, zagueiro jogando na lateral e lateral jogando do meio. Não existe nenhuma desculpa ou explicação adequada para tamanha barbaridade, a não ser a incompetência do departamento de futebol. Nossa política de contratações é ridícula. Repatriar atletas de qualidade técnica duvidosa nunca deu certo, não está dando atualmente e não dará num futuro próximo. Se esta for a nossa esperança, em 2013 o estádio mais belo do Sul do Mundo corre o sério risco de ser palco de jogos de segunda divisão.

Sim, pois se enganam aqueles que pensam que voltaremos para a Série A ao natural. A Segundona é dureza, é competitiva e é para os fortes. Precisamos de um time coeso, entrosado, guerreiro e focado. Bem da verdade, precisamos de um time.

A demissão de Carrasco era necessária, mas não é o suficiente para colocar o time nos eixos novamente. Continuamos aguardando a chegada de reforços pontuais e a utilização de duas jóias da nossa categoria de base: Harrison e Taiberson. Esses dois meninos precisam jogar!

O Atlético, como clube de futebol, precisa se reencontrar novamente. Todos entendemos que 2012 é um ano de sacrifícios. A torcida tem sentido isso na pele, no coração e no bolso. E na medida do possível tem feito a sua parte. Chegou a hora do Clube Atlético Paranaense fazer a dele.


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