Rodrigo Abud

Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.

 

 

Muitas palavras para poucas ações

25/05/2012


Em dezembro de 2011 Mario Celso Petraglia foi reconduzido ao poder no Clube Atlético Paranaense. Retornou com um discurso diferente de outrora e prometeu que o torcedor rubro-negro voltaria a comemorar.

Passados cinco meses, Petraglia está se notabilizando mais como um agitador das redes sociais do que o homem forte do clube.

O atual tuiteiro chegou a postar que “Quem analisar os 4 meses da atual adm e disser que estamos em baixa ou é cego ou louco...”

Pois eu farei esta análise, e irei mais além: analisarei os cinco primeiros meses da atual gestão.

No futebol não tivemos motivos para comemorar. Perdemos o Campeonato Paranaense, novamente, para nosso maior rival e estamos fora da Copa do Brasil, torneio que nos especializamos em nos despedir precocemente.

A prometida renovação da equipe não aconteceu. Permanecemos com a mesma base do ano passado, dependendo dos jogadores contratados pela direção passada. Chegamos ao absurdo de testar zagueiro no ataque.

A movimentação para a contratação de reforços é tímida, para não dizer nula. O Atlético tem a obrigação de subir para a primeira divisão, porém nosso elenco não passa confiança, mesmo tendo vencido bem o primeiro jogo contra o fraco Joinville.

Além disso, estamos vivendo uma situação que beira ao ridículo. Viramos pedintes de guarida para uma partida de futebol. Até hoje o assunto não está resolvido e sabíamos desde o início do ano que não poderíamos mandar nossos jogos na Baixada.

Creio que com base nisso, podemos dizer que estamos sim em baixa, além é claro que os netinhos do tuiteiro, ainda, não tiveram motivos para comemorar a volta do vovô.

Petraglia continua com o mesmo perfil de não investir em futebol, porém voltou apontando todos os problemas para a gestão passada. Está na hora de assumir os erros e começar uma correção de rota, afinal já se passaram cinco meses e nada mudou.


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