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Ana Flávia Weidman
Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!
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Período de luto
15/05/2012
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Que dureza amigos.
Cada um lida com a dor da derrota à sua maneira. Essa fase da ressaca eu chamo de “período de luto” e, para mim, ele é bastante necessário. A tristeza profunda me leva a refletir com muito mais serenidade do que a explosão de alegria.
A primeira coisa que pensei depois da derrota de domingo foi a respeito do meu sentimento quanto ao Campeonato Paranaense. Sim, é uma porcaria, mas eu adoro vencê-lo! Criticamos tanto os torcedores do interior por preferir times de outros Estados, mas fazemos pouco caso do Campeonato Estadual. De nada adianta escolinhas de futebol e embaixadas espalhadas por esse mundão de meu Deus, se não conquistarmos títulos! E falo de títulos caseiros, de ser o dono do pedaço, de ser o time a ser batido no Paraná. É ilusão falar em conquistar o mundo quando mal temos a capacidade de vencer um campeonato amador em nosso quintal.
A segunda questão que me preocupa nesse Atlético de 2012 é relacionada ao elenco. Hoje as nossas maiores deficiências são as mesmas que nos atormentaram em 2011: um companheiro de zaga para Manoel, dois laterais (direito e esquerdo) e o tal 9 matador. E isso para montar um time, um 11 titular! Para formar um elenco forte e competitivo precisamos de muito mais. Mas nem tudo é tragédia, longe disso! Rodolfo, Harrison, Taiberson, Zezinho e Edigar Junio: deu gosto ver essa gurizada jogar!
E o que dizer de Carrasco? É indiscutível o fato de termos retomado nossa vocação ofensiva e de termos um padrão tático estabelecido. Mas as constantes mudanças na escalação do time preocupam. No início era perfeitamente compreensível que ele fosse testando o elenco. Um improviso aqui, outro ali, tudo era levado numa boa, afinal, ele precisava conhecer e avaliar os jogadores de que dispunha. Mas essa dança das cadeiras parece não ter fim. E veja, não estou me referindo às situações normais de jogo, com atletas machucados ou suspensos. O treineiro tem crédito e deve permanecer no comando do time, mas precisa começar a definir os titulares, entrosar a equipe e parar de inventar moda.
Nem tudo está errado, mas também não acho que tenhamos muitos motivos para comemorar. Amanhã o Atlético segue o seu caminho na Copa do Brasil e não há outro lugar em que devamos estar, que não ao lado do nosso amado rubro-negro.
Se o domingo foi de tristeza, o futebol nos dá a chance de apenas 3 dias depois experimentar uma alegria sem fim. Como eu escrevi ontem no Facebook, uma hora estamos no papel de derrotados, em outra no papel de vencedores! E só tem graça e é tão apaixonante porque é assim! Ah, meu Atlético, como eu te amo!
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