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Jean Claude Lima
Jean Claude Lima, 57 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".
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Nada diferente da vitória!
05/05/2012
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Temos obrigação de fazer um grande jogo a partir das dezesseis horas na Vila Capanema. Por termos perdido o último Atletiba nas famosas circunstâncias de sempre, por jogarmos em casa, por termos um time interessante, armado de uma forma diferente dos últimos anos e até mesmo por uma interessante ousadia irresponsável do treinador. É sabido que vamos jogar em um esquema ofensivo, agressivo, com três atacantes que não fogem do confronto com a defesa adversária. É sabido também que o adversário é precavido. Bastou acompanhar o jogo deles em Belém, para saber que a nossa missão não é fácil.
Ao mesmo tempo, a vitória no Atletiba ao mesmo tempo em que nos aproxima do título, pode marcar de uma vez por todas, as diferenças no modelo de gestão do Atlético, adotado pela atual diretoria. Se não ganharmos o título, só mudou o modelo e os resultados finais vão continuar exatamente iguais. Um Clube com estrutura, o melhor centro de treinamentos, o estádio da Copa e tudo mais. Porém, título que é bom, nada.
Claro que isso é uma análise grosseira, que não passa pelas mudanças do cotidiano, não analisa a postura dos profissionais contratados recentemente, já que estamos apenas em maio e a equipe é bem verdade, teve muito pouco tempo para trabalhar. A dinâmica no mundo da bola exige velocidade nos resultados e o que hoje é verdade, pode passar a ser mentira. Um craque que explodiu vira mico, um dirigente aclamado é vaiado pela torcida e um técnico de gênio, passa a ser burro. É tudo muito rápido. De forma assustadora os profissionais têm que se adaptar a novos cenários, senão simplesmente perdem os seus empregos. E quando alguém dança, faz parte da cultura desse mundo que alguém seja chamado a participar do baile. Parece que ninguém dança sozinho.
Se me perguntarem se Carrasco corre risco de dançar se não for campeão, eu poderia responder que sim. Mas isso é uma resposta que caberia bem no ano passado. Hoje, mesmo se perder o título, creio que Carrasco pode ser prestigiado pelos dirigentes do Clube. Na verdade, não tenho muitos parâmetros para afirmar isso. Trata-se apenas de intuição.
Cabe a nós fazer um grande esforço para estar na Vila Capanema amanhã. A Vila tem lá seu charme, mas é acanhada diante daquilo que nós estávamos acostumados a utilizar. A pressão é menor do que a da Arena. Eu prefiro ver os Fanáticos bem embaixo do relógio, botando fogo no jogo de pertinho, em vez de lá atrás e longe do campo. Ali parece que o grito da torcida fica distante e a pressão, bem menor. Por isso, o pessoal que gosta de assistir o jogo ali na reta, tem que participar com tudo, pressionar o time deles, pois ninguém é de ferro. Nenhum jogador é imune à pressão dos torcedores.
Não falei de arbitragem e nem é preciso. Não vou mais perder meu tempo, falando dessa coisa que há décadas nos prejudica em jogos decisivos. Vamos contra eles também.
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