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Juarez Villela Filho
Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.
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Conversa de boteco
03/05/2012
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Quem vai levar o estadual deste ano? Não sei ao certo e se soubesse dessas coisas iria para Londres viver de aposta. Não vejo favoritismo algum, tanto pelo equilíbrio entre os times como pela fórmula das finais. Se por um lado nosso ataque foi muito elogiado e a maneira ofensiva que Carrasco põe o time em campo é digna de elogios, vimos que no final das contas o coxa acabou fazendo mais gols que nós no total.
Ambas as equipes demonstram a timidez na busca de reforços, dependendo de flashes dos pra-lá-de-veteranos Paulo Baier e Tcheco, ambos já esquecidos do cenário futebolístico nacional. Do lado de lá um talentoso Rafinha, do lado de cá um mais maduro Manoel; do lado de lá um crescente Éverton Ribeiro, do lado de cá um inconstante Guerron, lá com o cético e catedrático Marcelo Oliveira, daqui vamos com o barril de pólvora com pitadas de insanidade Juan Carrasco. As finais prometem!
Me anima ver que o “sorteio” da primeira partida indicou Evandro Roman para o jogo da Vila. O cascavelense tem seus altos e baixos, erra e acerta em medidas proporcionais e acima de tudo, caso venha a errar domingo não o fará de sacanagem e de maneira premeditada. Já adianto que a possibilidade de Heber Roberto Lopes ser “sorteado” para a derradeira final é infinita e que se precisar ele literalmente entra em campo e faz a função de 12º jogador do alvi-verde-que-joga-de-preto-e-camisa-com-mais-laranja-que-verde.
No último Atletiba, desconsiderando as já tradicionais falhas da arbitragem, o Atlético se portou dignamente, de peito aberto enfrentou um adversário que se não é brilhante como ano passado é organizado e mostrou que em clássicos o buraco é mais embaixo e falhar por desatenção nos custaram dois dos quatro gols que sofremos.
As fichas estão lançadas e a sorte está em aberto. Na verdade está mais do que na hora do Atlético quebrar o serviço do rival que vem sendo mais feliz em sua organização de futebol nos últimos anos e tem crescido nos clássicos. Um ditado chinês diz que “o fácil é o certo” e quem sabe se Carrasco deixar seu gênio criativo um pouco adormecido o Furacão não volte a soprar forte e mandar novamente no próprio terreiro.
RÁPIDAS
O jogo diante do Cruzeiro apresentou de tudo, superação atleticana, uma escalação esquisita, mudança de planos, gols imperdíveis sendo perdidos por ambas as equipes e dois meio campo pra lá de escancarados. A outrora temida Raposa tem um time tão fraco quanto o do ano passado, quando escapou do rebaixamento vencendo seu rival Galo numa marmelada ridícula e que vai ter volta.
O placar ficou meio magro e devemos entrar em campo com espírito de 0 X 0 para passarmos de fase na Copa do Brasil.
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Harrison se destacou e por vezes nem banco pega. Bruno Mineiro é uma constatação, só bate em morto. Esse cidadão que está com a camisa 1 entregou a rapadura justo para os coxas dentro de nossa casa em 2008 e Rodolfo mostrou inúmeras vezes ser melhor que ele. Furlan desapareceu? E quando contrataremos um lateral esquerda de verdade?
Entre bons acertos o Atlético ainda peca em questões primárias no futebol.
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Os baixos públicos do Atlético na Vila Capanema podem ter mil e uma explicações mas NENHUMA justificativa. Torcer só com time vencendo ou em estádio bom é fácil. Esse momento de dificuldades deve servir de reflexão e olharmos um pouco para trás e vermos que a história do Atlético sempre foi forjada na dificuldade, na luta e na perseverança. Quem não acredita e está ao lado do clube agora não é digno de ostentar a camisa cujo hino prega que só se veste por amor.
Antes de cobrar algo do Atlético, olhe para dentro de si e veja o que tem feito pelo Atlético!
ARREMATE
“ Não tô entendendo/
Não sei mais o que fazer.. Não tô entendendo nada - LOBÃO
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