Rodrigo Abud

Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.

 

 

Erros e acertos

27/04/2012


A péssima campanha do Atlético no Campeonato Brasileiro, que culminou com nosso rebaixamento, mostrou que o clube precisava de uma mudança de comando e ela ocorreu nas duas principais áreas, tanto na parte diretiva, quanto no futebol.

A nova diretoria trocou o treinador, ação que era a esperada pela torcida. Veio para comandar o furacão Juan Ramón Carrasco, treinador uruguaio, com passagens destacas por lá.

Apesar do discurso desastrado da direção em sua chegada, que pregou a vinda do mesmo por exclusão e questão financeira, Carrasco chegou pregando um futebol moderno e agressivo.

Acertou ao imprimir ao time um esquema ofensivo, não exclusivamente refém da bola parada. Com isso o Furacão voltou a jogar como um Furacão, atacando o adversário e jogando também nos contra-ataques, situações de jogo que a torcida já tinha desacostumado.

O uruguaio, também acertou ao indicar seu conterrâneo Martin Ligüera para o Rubro-Negro. Jogador tarimbado, com ótima qualidade técnica e que conhece o esquema de jogo do atual treinador. Dois acertos incontestáveis.

Porém Carrasco não é só bola dentro.

JR errou feio no Atletiba e isso custou caro ao clube. Ao mudar a escalação da equipe, em um jogo que só a vitória interessava, o treinador perdeu preciosos pontos com o torcedor.

Uma equipe que conta com três bons armadores (Paulo Baier, Martin Ligüera e Harrison) não pode abrir mão de todos eles em uma decisão. Ligüera ficou no banco, Harrison nem no banco ficou e Baier atuou quase como um volante.

Errou, também, na escalação de Ricardinho. O atacante ficou completamente perdido, ora jogando na frente, ora atuando de lateral. Ressalte-se que não é a primeira invenção de posicionamento que dá errado, faço questão de não desenterrar a pior delas.

Continuando nos erros, o clássico de domingo destacou mais dois: Zezinho é titular e ponto final. Marcinho é reserva parágrafo, travessão.

Em uma rápida pincelada podemos constatar que na sua passagem pelo o Atlético, Carrasco possui mais erros do que acertos e não é segredo que os acertos consagram um treinador, porém os erros o degolam.


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