Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

Futuro

24/04/2012


Três fatores foram determinantes para a derrota no Atletiba do último domingo: a expulsão de Guerrón e os dois gols irregulares do Coritiba, nos quais tanto Anderson Aquino, quanto Lincoln, estavam completamente impedidos. Coisas do futebol. Coisas do futebol, mas que, curiosamente, acontecem sempre contra o Atlético.

Não são lamentações para justificar a derrota, são fatos, apenas fatos. Concordo com o Carrasco: estivéssemos com os onze em campo e a história seria outra. Mas com um homem a menos o Furacão foi valente, martelou o tempo todo, teve claramente maior volume de jogo e fez o goleiro verde operar grandes defesas, a melhor delas no chute de Paulo Baier quando o jogo estava empatado em um gol. O adversário, jogando nitidamente, e somente no erro do Atlético, ganhou dois gols da arbitragem e contou com duas falhas da nossa zaga, a qual conta atualmente, com apenas um zagueiro de ofício.

Aliás, o objetivo deste texto é exatamente destacar as carências do nosso elenco. Temos condições de conquistar o campeonato paranaense? Temos sim, mas podemos começar pelo ponto principal, afastando Marcinho do time titular. Não adianta, não rende. Já recebeu inúmeras oportunidades, mas prova a cada jogo que não encontra ritmo e condições físicas. Outro ponto é escalar Zezinho para os 90 minutos nas duas decisões. A qualidade do passe e a noção de marcação não podem deixar Zezinho no banco. Apenas com essas duas posições ajustadas, já temos grandes chances de levar o caneco. É o simples e o que temos para hoje. E o simples é o certo, Sr. Carrasco.

Deixando o paranaense de lado, já passou da hora de pensar nas outras carências do nosso elenco. Precisamos urgentemente de um zagueiro de ofício para ser o companheiro de Manoel, mas antes disso precisamos entender o motivo pelo qual o contratado Rafael Schmitz habita o banco de reservas. Mistérios, daqueles que só o Atlético nos proporciona. Enquanto isso, vamos de improviso com Bruno Costa e Foguinho. Resumindo, se Rafael não serve, precisamos contratar um bom zagueiro com urgência.

Nas alas, Héracles e Gabriel Marques também passam a impressão que estão “quebrando galho”. Não mostram aquela verdadeira postura de um lateral, que apoia, que sabe se movimentar e que pode dar mais qualidade ao ataque pelas pontas. Há quanto tempo um lateral do Atlético não cruza uma bola na área do adversário?

Por fim, pensando no ataque e na equipe altamente ofensiva de Carrasco, precisamos de um camisa 9. Um cara que seja referência no ataque e que volte a nos transmitir segurança dentro da área dos adversários. Até porque não podemos mais viver de apostas banais feito Léo Mineiro e a lenda Morro Garcia.

A série B vem aí, e já não há tempo, nem paciência, para brincar de futebol. Até porque não existe mais bobo na parada.


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