Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Deus ou diabo?

23/04/2012


Os mesmos argumentos que podem ser usados para afirmar que ontem jogamos diante do nosso rival de peito aberto na casa deles e somente com a torcida adversária, que fez com que o resultado de 4 X 2 soe tremendamente falso, tanto pelo o que jogou o Atlético como pela influência direta da arbitragem, também servem para afirmar que tudo poderia ter sido diferente.

Jogamos bem e para cima por causa do esquema de Juan Carrasco. Perdemos de novo e nos expomos por causa do esquema de Carrasco.

O treinador atleticano tem desempenhado com maestria esse papel dúbio e dicotômico ao nos alavancar ao patamar de time com padrão de jogo e que sempre faz gols, mas também graças a ele desperdiçamos pontos importantes no returno e vamos pras finais em desvantagem quanto aos mandos de campo.

Ao reiteradamente mudar o time, mostra que tem o grupo em mãos pois segue com o mesmo padrão tático. Ao contrário do que pregam os “especialistas” do jornalismo esportivo dessas terras, Carrasco parece saber o que está fazendo e não o faz por mera loucura.

Por outro lado sua insistência com alguns jogadores como o apático Marcinho, a Avenida Héracles pela esquerda além das substituições que em grande parte das vezes são contestadas e com razão, dão margem a críticas sobre o seu trabalho.

No final das contas o que importa é o resultado e se Carrasco for campeão se consagra, cala os críticos e dá mostras que o combalido e repetitivo ciclo de treinadores brasileiros precisa de novos ares, novas ideias e novas concepções. Se perder mostra que toda sua invencionice não passa de mera especulação.

Fato é que chegamos no final de abril com um time que tem uma cara, mas ainda sem um camisa 9 de verdade e sem laterais. A direção também precisa ajudar o treinador.

Atletiba e finais

Sem pensar no resultado, foi um jogaço. Uma partida com muitos gols, boas defesas de ambos os goleiros mostra que todo mundo queria a vitória e não aquele tradicional jogo amarrado e sem emoções.

O Atlético com um a menos graças a merecida e infantil expulsão de Guerron se agigantou, espremeu os donos da casa na defesa e se não tivesse dois gols do adversário com impedimento claro não marcado, poderia até mesmo ter saído com a vitória.

Além do mais faltou critério na distribuição dos cartões, onde vimos mais uma vez o acabado e violento Tcheco apitar a partida. Por sinal a direção atleticana que já exija desde já arbitragem de fora para as finais, senão já deixe o troféu da FPF com seus amigos ali do Alto da Glória.


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