Jean Claude Lima

Jean Claude Lima, 57 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".

 

 

Atletiba na final?

15/04/2012


Tudo está caminhando para termos mais uma daquelas finais entre nós e eles. Por tudo o que eles têm dito em suas campanhas publicitárias, pelo longo período de invencibilidade no paranaense, digo que a responsabilidade de ganhar o título é deles.

Nós ainda temos uma equipe em formação, com jogadores que estão ganhando confiança, coragem e musculatura para fazer uma final gigante, onde podemos beliscar o título lá, bem no meio da casa deles. Estamos mesmo preparados com a equipe que temos?

Vacilamos no jogo onde Manoel virou atacante. Isso diminuiu a pressão sobre nosso adversário, pois mesmo se perder em Ponta Grossa, com apenas um empate em casa contra nós, eles praticamente asseguram o título do segundo turno. Se aquele jogo tivesse sido “nosso”, o Atletiba para nós ia valer a primeira chance de sermos campeões.

Depois do jogo no Janguito, tudo voltou ao normal, claro que “ao normal segundo Carrasco”. Goleamos de forma impiedosa o Criciúma, que inexistiu como equipe de futebol aqui em Curitiba. Veio para cá em crise, voltou destruído e mil pedaços, consagrando o jogador que sua torcida fez questão de vaiar lá no “Majestoso”. Guerrón fez quatro gols e se não fosse sua sede vampiresca de marcar, poderia ter feito pelo menos mais quatro. Bom demais para quem estava indo embora. Não sei bem quando alguém marcou quatro gols no mesmo jogo do Atlético. Será que alguém sabe?

Achei divertido ouvir o comentarista do Sport TV, tentando compreender porquê a defesa do Criciúma não achava o “Gringo”. Guerrón parecia invisível aos olhos da defesa e sempre surgia desmarcado em condições de marcar. Demais!

O fato é que se Carrasco não for campeão paranaense, mesmo com seu estilo pseudo-doidão, acho que ele deveria ficar por aqui mais tempo. Fazia tempo que não víamos o time marcar gols dessa maneira, parecer cheio de alternativas razoáveis, o que é bem diferente do desespero que sentíamos em um passado bem recente. O Gustavo, esse mesmo que foi embora, quando entrava no ano passado, tinha gente que queria se atirar da Getúlio Superior. Faço uma pergunta a todos: será que com esse time teríamos caído? Gostaria de conhecer a opinião de mais atleticanos, pois na minha, ficaríamos ali na faixa intermediária de jamais seríamos rebaixados. Certo, não poderíamos jogar com apenas um volante, pois as equipes que enfrentaríamos seriam muito mais qualificadas... Creio que algumas dessas respostas, vamos ter na próxima fase da Copa do Brasil, quando pela lógica, enfrentaremos a equipe do Cruzeiro. É ver para crer!

Vou me abster de comentar as turbulências da nossa política interna. O assunto é tão chato e desgastante, que falar sobre ele é “chover no molhado”. Ainda estamos patinando, com muita gente torcendo para que nossa empreitada não dê certo. Uns justificam nas questões políticas, outros nas questões técnicas, alguns nas questões morais e todos somados produzem apenas um resultado, que é atrasar o andamento das obras da Arena. Não estou afirmando que esse ou aquele estão errados, que A ou B estão certos. O que me interessa como torcedor do meu Clube é o resultado final dentro da Lei, com transparência, qualidade técnica e benefícios para minha cidade e até mesmo para os nossos adversários quando for possível.


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