Rodrigo Abud

Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.

 

 

Noite de gala, com meia furada

13/04/2012


A apresentação do Atlético ontem foi digna de aplausos. Ofensivamente o time foi praticamente perfeito, fazendo jus à alcunha que consagrou o time no Brasil inteiro. Realmente ontem vimos um furacão.

Guerrón, jogador que eu critico, já que desde que foi contratado ainda não me convenceu, pelo menos ontem fez valer o valor investido na sua contratação. Rápido, com faro de gol e extremamente voluntarioso o equatoriano foi o craque da partida, fez quatro, errou três e dou passe para um. Números que impedem qualquer corretivo ao risonho Joffre.

Destaque também para o uruguaio Martin Ligüera. O jogo de ontem pode servir para edição de um DVD, no estilo vídeo aula de corta-luz. Ligüera sobrou em campo e mostrou que pode render muito bem jogando ao lado de Paulo Baier.

Cabe, ainda, uma menção honrosa para as atuações de Zezinho, que deu mais qualidade ao meio-campo, Paulo Baier com o toque de classe de sempre e um fôlego interessante e Manoel jogando no seu quintal.

Porém, mesmo com a belíssima vitória Carrasco precisa corrigir algumas coisas.

Renan Foguinho é um volante mediano e ontem foi um péssimo zagueiro. As oportunidades da equipe catarinense via de regra saíram pelo lado dele, não por culpa dele, mas de quem o escalou ali.

Carrasco em alguns momentos consegue complicar o simples. Bastava escalar um zagueiro para jogar ao lado de Manoel e com certeza não teríamos tido a dificuldade defensiva apresentada ontem.

Da mesma forma que Bruno Costa, mesmo não comprometendo, poderia atuar na sua posição e não de lateral. Com isso perde o clube e o jogador.

O baile aplicado ontem pelo Atlético no Criciúma provou que podemos atuar com um esquema ofensivo, mas ao mesmo tempo não podemos pensar que as improvisações devem ser regra, com o risco de entrarmos na festa com traje de gala, mas de meia furada.


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