Ana Flávia Weidman

Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!

 

 

Nem apaixonados, nem gigantes. Atleticanos!

20/03/2012


Ainda sob o efeito das eleições, o Clube Atlético Paranaense segue o seu rumo em 2012. O discurso eleitoreiro, tanto de apaixonados quanto de gigantes, permanece vivo e ácido. Esta minha coluna, por exemplo, será motivo para que eu seja tachada de duas coisas: ou baba-ovo do coronel e iludida ou anti-atlético e vendilhona. Já escrevi a respeito dessa besteira que é transformar qualquer discussão sobre o futebol rubro-negro em palanque de campanha. Atualmente, todo e qualquer incentivo ou crítica ao time tem motivação política. Coisa chata!

Então já que não tem jeito mesmo, se falar vão atirar pedras e, se calar, vão atirar mais pedras ainda, exerço o direito mais soberano do torcedor: a arte de cornetar!

Bom, o time atual é limitado. Até aí nenhuma novidade. Basicamente mantivemos o grupo rebaixado e agregamos uma piazada da base mais algumas contratações. Reforços? Até agora só Harrison e Liguera são dignos de nota. De resto, mais do mesmo. A mim essa situação não surpreende nem é motivo para desespero. Sinceramente, pela postura da atual administração, não esperava um grande time. Desde que Petraglia foi até Paranaguá tomar sol na moleira sentando junto ao povão atleticano compreendi perfeitamente o recado: 2012 será dureza! Temos que nos acostumar o mais rápido possível com a penosa realidade que é disputar uma Série B.

Por outro lado, tenho absoluta certeza que nossos diretores não estão de braços cruzados, lamentando as inúmeras dificuldades que teremos que enfrentar esse ano. Acontece que o tempo urge e esses caras estão aí para resolver e não para dar desculpas!

Dizer que precisamos de reforços está tão batido e é tão óbvio que nem seria preciso justificar tal pleito. Ainda assim faço questão de chamar a atenção para uma situação bastante desconfortável: dos times minimamente organizados que enfrentamos nesse início de temporada, vencemos apenas o Sampaio Corrêa. É preocupante! E pior, é muito pouco para um clube que almeja voltar para a Série A.

Sim, é início de trabalho e o elenco, a comissão técnica e a atual administração precisam de um voto de confiança. Concordo plenamente. Mas isso não pode impedir a crítica construtiva, a análise dos fatos e a abordagem real da nossa atual situação. Da mesma forma, nossa eventual insatisfação com o clube não pode nos afastar da arquibancada nem suprimir nosso maior prazer: estar junto do nosso amado Atlético.

Diferente do final do ano passado, quando não tínhamos mais de onde esperar uma solução, a não ser depositar nossa esperança naquele elenco descomprometido e preguiçoso, agora iniciamos um trabalho e podemos/devemos executar as mudanças necessárias visando nosso retorno à elite do futebol nacional.

O Atlético, mais do que nunca, precisa de todos nós. Do nosso apoio, é verdade, mas também do nosso julgamento. Cercado por bajuladores não se chegará a lugar nenhum. Precisamos do confronto, mas ele deve se dar no campo das ideias e das proposições. Nem o apoio cego, muito menos a crítica pela crítica.


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