Rodrigo Abud

Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.

 

 

Incômodo

16/03/2012


Assistir a um jogo de futebol para este escriba, além de um ritual, sempre foi um ato de extremo prazer. Inúmeros jogos do Atlético me marcaram. Vitórias históricas, empates heróicos e até mesmo doloridas derrotas.

Ontem na Vila um sentimento estranho me deixou profundamente incomodado. Não consigo admitir que Juan Ramón Carrasco insista em manter o habilidoso Harrison jogando como volante.

É inegável que o jovem meia é um grande talento e que as alterações táticas realizadas pelo treinador Rubro-Negro vem prejudicando não só uma das grandes promessas do nosso elenco, bem como o equipe como um todo.

Harrison já provou ser o toque de qualidade que o time precisa e a insistência de Carrasco em recuá-lo soa absurda.

O Atlético ontem entrou em campo com um sistema de jogo pensado para Paulo Baier, quando o correto, apesar a pouca idade, seria centralizar as ações em Harrison e não torná-lo um volante.

Já não é mais momento para o Furacão jogar com experimentações, sendo que temos algumas certezas como à de que Rodolfo é o dono da meta, Manoel é nosso melhor zagueiro e Harrison não é volante.

Espero que o jogo de ontem, em que vencemos com muita dificuldade, tenha feito com que no nosso treinador tenha entendido o que toda torcida já entendeu.


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