Michele Toardik

Michele Toardik de Oliveira, 44 anos, é advogada, mãe, sócia ininterrupta há mais de uma década e obsessivamente apaixonada pelo Furacão. Contrariou as imposições geográficas, tornando-se a mais atleticana de todas as "fluminenses". É figurinha carimbada nas rodas de resenha futebolística, tendo como marca registrada a veemência e o otimismo incondicional quando o assunto é o nosso Furacão.

 

 

Superando expectativas

29/02/2012


Nem o mais otimista dos atleticanos (nem eu!) poderia prever que nos sagraríamos campeões desse primeiro turno. Em outros anos o favoritismo nos caía bem, mas depois do descenso, de todos os traumas e a reconstrução de todo o Departamento de Futebol, passamos a ser encarados com menos reverência.

Tá certo que o Atlético é o Atlético e não tem como não entrar no Paranaense credenciado e respaldado por sua história, mas a gente já está mais do que escolado e sabe que só a força de uma camisa não ganha coisíssima nenhuma.

De toda sorte, com o panorama que se apresentava reconhecemos o franco favoritismo inicial dos verdes, que estão super Guiness invictos plus e que apesar de todo o alarde em cima de sua campanha/2011 não ganharam nada além daquele Paranaense e a marca histórica de perder uma vaga na Libertadores para um Atlético momentaneamente rebaixado.

Pois bem, conscientes e humildes iniciamos a nossa caminhada com o repatriamento de jogadores, com a promoção de alguns guris ao profissional e bem poucas aquisições. Mas a grande incógnita ficou mesmo com a Comissão Técnica, que além de gringa era desconhecida da grande maioria.

Não tivemos Pré-Temporada, não sofremos e sonhamos com especulações, nem nos demos ao luxo de elaborar prognósticos, só que pra fechar o “Pacote da Desolação” nos defrontamos com o problema da falta de lugar pra jogar. Certeza mesmo, só a de não seria um início dos mais fáceis. E logo no primeiro compromisso, mesmo com mando nosso, tivemos que botar o pé na estrada pra ver o Furacão lá em Ponta Grossa.

No Janguito também enfrentamos todo o tipo de dificuldade, mas imprimimos a nossa marca e obtivemos resultados expressivos.

Aos poucos percebemos o nascimento da identidade do time, o resgate da nossa ofensividade, assim como vislumbramos gratas surpresas. Piás de futuro, retornos providenciais, um gringo que deu certo e um técnico menos polêmico (e aparentemente mais sensato) que todos os outros que passaram recentemente por aqui e até o problema do estádio foi resolvido de uma forma mais interessante. Não contamos com a ajuda da arbitragem (pelo contrário), muito menos com o auxílio da imprensa paranaense, vencemos com mérito as nossas limitações e mesmo tendo muito o que melhorar, neste momento somos – incontestavelmente – os melhores deste estado.

Enfim, superamos todas as expectativas e agora
que o Título está devidamente comemorado, temos que dar sequencia ao trabalho para termos ainda mais motivos para comemorar. Agora, expectativa é o que não falta!


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