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Jean Claude Lima
Jean Claude Lima, 57 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".
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Um filme diferente
11/02/2012
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Gostei do filme feito pelo Atlético. Em primeiro lugar ele resgata o orgulho dos de sua torcida, maculado pela queda para a Segunda Divisão. Em segundo lugar, o departamento de marketing passa mais uma vez a cumprir uma de suas importantes funções, da qual jamais deveria ter se desconectado, que é a de se preocupar com a massa de torcedores do Clube e o amor que eles sentem pelo Furacão. Em terceiro lugar, transforma um problema horroroso que é a falta de um local adequado para jogar, em uma profissão de fé. Seguir o time em qualquer campo e em todos os lugares é uma missão confiada a toda massa atleticana. Por último o texto deixa claro “quem são os pais da criança”, ao usar a palavra “gigante” e uma das partes do comercial. Em trinta dias algo de que podemos nos orgulhar como apaixonados pelo Atlético.
Aos poucos nessa questão específica do local para o Atlético jogar, publicamente os dirigentes de Atlético, Paraná e Coritiba vão amenizando seus discursos sobre o tema. Na verdade parece que se não faltou a todos, faltou pelo menos a alguns uma visão sistêmica do problema. O Paranaense precisa dos três clubes da capital para ser forte, levar público aos estádios e é claro, produzir riqueza e movimentar a economia. Enfraquecido e sem tempero o produto não interessa a ninguém. Todos ficam imersos em um circulo vicioso, que mata a todos senão de forma imediata, sufoca no longo prazo.
Excluir a torcida do Coritiba de um Atletiba, por estreiteza política e falta de compreensão, não combina com a postura que tem adotado os dirigentes verdes em inúmeras outras situações. Eles privam uma parte de seus próprios torcedores de assistir aquela partida que pode vir a decidir o turno, por conta de não querer que o Atlético use as dependências do Couto Pereira, como já houve muitas e muitas vezes. É só lá que todas as condições estão dadas para termo um evento seguro, onde não morra ninguém atropelado, onde possam estar presentes no estádio mulheres e crianças, sem violência e nem tragédias. Pelo menos é o que se espera que aconteça.
E pelo fim da violência, essa situação que vem se repetindo entre Ultras e Fanáticos onde quer que as torcidas se encontrem, tem que parar. Já há sangue derramado, como no jogo de quarta, pessoas ameaçadas dos dois lados e a qualquer momento alguém vai pagar com a vida pela situação que vem sendo levada adiante já faz algum tempo. Alguém tem que fazer alguma coisa, começando pelos dirigentes do Atlético, passando pelas autoridades policiais e depois, pelas lideranças das torcidas. A maioria dos envolvidos é gente bastante jovem, que muitas vezes nem sabe direito o que está em questão. Alimenta o ódio, está no bonde em movimento e não sabe como descer.
E falando de futebol, legais as jogadas do uruguaio. Porém, gostei mesmo foi do Marcelo Cirino, assim mesmo, com nome e sobrenome, conforme anunciou o locutor do Ecoestádio. Saiu atrás e chegou na frente, fez um baita cruzamento para Ligüera que fez um gol de categoria. Depois guardou o dele, numa ajeitada de Bruno Mineiro. Muito para quem nunca entrou nos planos da diretoria anterior, como vários outros que estão jogando como titulares hoje. Nosso exército está mostrando que de renegados, alguns caras podem ir aos poucos conquistando a torcida.
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