Ana Flávia Weidman

Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!

 

 

Até quando?

07/02/2012


Até quando iremos falar em eleição? Ou melhor, sendo bem direta e objetiva: até quando os atleticanos continuarão se insultando para defender suas opiniões políticas?

Se o sujeito faz uma crítica ao time, como por exemplo, cobrando a chegada de reforços, logo aparece alguém para perguntar o motivo das cobranças não terem sido feitas ao ex-mandatário rubro-negro. Por outro lado, se o indivíduo esta otimista e confiante com o time neste início de temporada logo é tachado de cego e capacho do atual presidente.

Esse tipo de atitude em nada colabora com o Clube Atlético Paranaense. Esse clima de revanche e de divisão entre os torcedores mina a nossa maior virtude: a união! Já estamos cheios de problemas este ano e só terminaremos 2012 bem - leia-se na Série A, se estivermos focados num único objetivo: o apoio incondicional ao Furacão! Mario Celso Petraglia é o presidente do Atlético, e, por consequência, carrega nos ombros os sonhos de uma nação. Desejar o seu fracasso é o mesmo que torcer contra o rubro-negro.

Desde que o mundo é mundo os cornetas estão aí! Futebol sem crítica, sem discussão no boteco, sem maluco querendo a cabeça do técnico e sem os iludidos com jogadores de qualidade duvidosa não tem a menor graça!

Nosso time tem muito a melhorar e precisa do nosso apoio. E aqui chegamos num ponto importante para reflexão. MCP fala em sacrifício. Que fique bem claro que torcer pelo Atlético não é nenhum sacrifício. Muito pelo contrário. Torcer pelo Atlético é um privilégio e uma das maiores alegrias desta vida! Sacrifício é abrir mão de acompanhar o Furacão em prol de um bem maior (término da Baixada nos padrões FIFA).

Pois bem.

MCP sempre deixou muito claro que buscava torcedores-consumidores. Aquele que abre o bolso em favor do seu time. Aquela história da situação do futebol brasileiro pós-Copa que todos sabemos de cor. Acontece que o pedido de paciência e sacrifício não combina com esse tipo de torcedor. Consumidores querem conforto e resultado. Só o apaixonado está disposto a se sacrificar. Os apaixonados foram até Ponta Grossa. Os apaixonados foram queimar a moleira em Paranaguá. Os loucos pelo Furacão arriscaram-se no campinho ao lado da BR para apoiar o Atlético num meio de semana em horário de trabalho.

Aprendam de uma vez por todas: só os apaixonados carregarão o Atlético nos ombros.

Essa preocupação em “perder” sócios refere-se apenas aos consumidores. Porque o apaixonado nunca abandonará o Furacão. E aqui cabe um parêntese: cada um sabe a cor da sua conta bancária. Não acho R$ 70,00 um valor irrisório e conheço muitos que gostariam de ter condições de pagar e não podem. Muitos gostariam de ir aos jogos na Baixada, viajar para ver o time jogar longe de casa, ter mais cadeiras, mas, por “n” motivos, não podem. Então meu amigo, se você é um desses, essa crítica não lhe diz respeito.

Entre tantas lições que certamente aprenderemos em 2012, espero que a atual administração entenda que o torcedor quer ser tratado com respeito e a colaboração em massa será consequência desse bom relacionamento: clube-torcedor.

Temos pela frente um ano duríssimo em que nosso atleticanismo será provado até as últimas consequências. Não podemos perder para nós mesmos.


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