Jean Claude Lima

Jean Claude Lima, 57 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".

 

 

Identidade futebolística

05/02/2012


Mesmo sem ser brilhante o Atlético não perdeu e nem levou gol até agora. É muito para um elenco que carrega sobre os ombros o peso do rebaixamento. Alguns jogadores sabem que estão marcados para sempre. Querem fazer de tudo para escrever uma nova história no Clube, contada através de vitórias.

Morro Garcia se tornou um jogador folclórico. Quando pegava na bola no Janguito, a torcida ia ao delírio e houve um clamor para que ele cobrasse o pênalti. Creio que ele agora como alvo de chacota, não vai ter vida longa do Atlético. Para azar dele mesmo, o jogador acabou sendo transformado em mais um símbolo da gestão anterior e, portanto, um ícone do rebaixamento.

Domingo os meninos da Baixada terão um teste de fogo no interior, ainda mais depois da tranqüila vitória do rival sobre a equipe do Arapongas. É um jogo que ganhou dimensões expressivas, mais por conta da mídia, que tenta dar força a um campeonato pegar fogo, do que pelo futuro do Atlético na competição. Vai ser importante para o treinador compreender de vez as virtudes e limitações do elenco que ele tem em mãos, além de podermos ver o quanto Paulo Baier faz falta ao time. Batata quente para quem em entra com a responsabilidade de mostrar serviço. O treinador Carrasco fala de uma “identidade futebolística” e pode ser até que o nome nem seja esse. Mas que o ambiente é diferente com esse time, disso ninguém tem dúvida.

Quando alguém perde a vida de forma banal, é sempre chocante, triste, ainda mais quando quem parte tinha toda uma vida pela frente. Foi o que aconteceu com um torcedor do Atlético na BR-277, quando saia do jogo no acanhando Ecoestádio.

Pouco adianta depois do fato consumado, as autoridades reconhecerem que não deram atenção devida ao fato. Nada vai trazer a vida do rapaz de 21 anos de volta.

O que fica é a sensação de sempre estarmos correndo atrás do prejuízo. Depois que acontece uma tragédia é que os envolvidos dizem que vão tomar as devidas providências, e que fulano de tal já determinou que o problema seja resolvido. Pouco para quem vai realizar um evento mundial como a Copa do Mundo. É preciso adotar protocolos de segurança para eventos de massa, como já fazem as federações européias, em especial nos jogos da Copa da UEFA e em outras partidas internacionais.


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