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Alexandre Sugamosto
Alexandre Sugamosto e Silva, 39 anos, é produtor cultural e consultor. Vê o futebol como uma guerra estratégica e acredita que a heráldica atleticana deve ser motivo de temor e reverência por parte dos adversários. Adepto do jogo ofensivo, sonha em rever os dias gloriosos do Furacão das Américas.
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O carrossel do Professor Girafales
30/01/2012
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Há muito estávamos aguardando o comportamento de nossa equipe sob a batuta de Juan Carrasco. O fato é que o técnico uruguaio era uma incógnita para torcida atleticana e, de alguma forma, continua sendo. Semelhante fisicamente ao clássico personagem do seriado Chaves, Juan Carrasco já dá mostras de algumas características: prefere sistemas ofensivos, contra o Rio Branco chegamos a estar com quatro atacantes em campo, não aprecia a subida dos laterais, não espera muito tempo para mexer no time, sacou o atacante Nieto ainda no primeiro tempo, e tem tendência para inovações táticas e improvisações. Os resultados das improvisações, no entanto, são variados: Nieto como ponta direita é uma tristeza e um desperdício da única virtude do argentino, bola aérea, Pablo na lateral-direita não deve virar regra e Paulo Baier rende mais quando joga perto dos atacantes.
Fora essas evidentes constatações, é notório que nosso time está correndo mais, demonstra algum esforço e, o que é mais importante, tenta recuperar sua eterna vocação ofensiva. Para uma torcida que ficou traumatizada com as invenções retranqueiras de Sérgio Soares e Adilson Batista é difícil pensar em um time que ainda não está pronto e parece permanecer em eterna montagem. Vejo, no entanto, alguma esperança no fortalecimento do time titular com jogadores da base e mais alguns reforços em posições chaves.
Se nosso time ainda está muito aquém do nível que esperamos, é fato que começamos o “ruralzão” de maneira mais eficiente e motivada: temos a defesa menos vazada e vamos somando pontos.
É cedo para dizer até que ponto o Carrossel del Maestro Girafales é sólido, mas o que estamos vendo é que o campeonato paranaense está voltando a ser o que sempre foi: uma disputa polarizada entre duas equipes. Para o Campeonato da Série B, no entanto, ainda temos uma longa escalada.
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