Silvio Toaldo Júnior

Silvio Toaldo Júnior, 49 anos, é administrador, engenheiro mecânico e sócio furacão desde 2008. Sempre acompanhou o Atlético desde a época de vacas magras no Pinheirão e teve um sonho realizado em 2001 vendo ao vivo e a cores o Furacão ser campeão brasileiro.

 

 

Dose dupla em Ponta Grossa

26/01/2012


Estive em Ponta Grossa duas vezes em apenas quatro dias. Fui ver a estreia do Atlético no domingo com três objetivos bem definidos:

- Matar a saudade de ver a bola rolando e principalmente do Atlético;

- Saber como Juan Carrasco está/estava trabalhando com o elenco atleticano;

- Fazer com que meu filho, Vitor, conhecesse mais um estádio que não seja a Arena da Baixada.

Cumpridos estes três objetivos e não contente com o desempenho do time diante do Londrina, voltei ontem à Ponta Grossa, debaixo de uma forte chuva que antecedeu a partida, para ver como o Furacão iria se comportar diante do Operário, um adversário teoricamente melhor por estar jogando em casa e diante da sua torcida.

Com pouco tempo para trabalhar taticamente, o técnico Carrasco segue fazendo experiências com o time e excetuando Marcinho, achei que o time está com uma disposição diferente da vista no ano passado.

Das gratas surpresas, gostei muito da segurança do goleiro Rodolfo que fez duas boas partidas com a camisa do Rubro-Negro e que se continuar nessa batida vai se tornar o titular natural da posição. A única coisa que não entendi ainda e não sei o real motivo pelo qual o técnico Juan Carrasco insiste em manter é o deslocamento do atacante argentino Federico Nieto para a ponta direita. Visivelmente fora de posição, Nieto literalmente se bate com a bola e só produz alguma coisa quando a bola chega limpa para ele empurrar para o gol. Arrisco a dizer que se Guerrón estivesse nas duas primeiras partidas do Atlético na temporada, além das vitórias conquistadas, o Furacão teria um saldo de gols bem maior, pois quando o jovem atacante Marcelo entrou conseguiu em pouco tempo produzir bem mais que Nieto nas duas partidas.

Acho que, apesar da fragilidade dos nossos adversários, o começo do trabalho de Juan Carrasco no Atlético, que ainda será muito questionado por causa das suas mudanças e invenções (como Paulo Otávio lateral esquerda de origem jogando na direita e Nieto jogando aberto pelo lado direito do campo), está sendo bom. Mas a cada rodada teremos novidades e se o time continuar vencendo, Juan Carrasco terá mais tempo para implantar a sua filosofia de trabalho.

Nostalgia

Jogos assim, fora da capital, nos remetem ao passado, onde lembramos a antiga Baixada. No jogo de domingo várias figuras ecléticas foram vistas pelos arredores e dentro do Germano Krüger. No jogo de ontem não foi diferente, com menos torcida dentro do estádio tive o prazer de conhecer pessoalmente o músico e até então amigo virtual Juninho Madeira, outra lenda viva da torcida atleticana que acompanha o Atlético em todos os cantos do nosso Brasil.


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