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Juarez Villela Filho
Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.
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Ainda é começo
23/01/2012
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Faltou o Metal. Faltou o Asteróide. Faltou o Véio Zagalo (pai do Sapo). Faltou o Geladeira. Faltou o Tubarão. Não vi o Mala, mas acho que ele deve ter ido ao Germano Krueger. Ontem eu achava que tinha voltado aos anos 80 ou à primeira metade dos anos 90, fase em que forjei toda minha gigantesca paixão pelo Atlético. E quando tocou “Welcome to the Jungle” do Guns n´Roses no intervalo eu tive certeza: voltamos ao passado.
O gramado esburacado, o estádio precário (ainda que tenha lá seu charme), a pipoca colorida e a maçã do amor sendo levada até os espectadores pelos ambulantes formavam um cenário ideal de volta ao passado e não coincidentemente após um rebaixamento que o Atlético namorou em quatro dos últimos cinco Brasileiros.
O time? Sem muito o que comentar, a “base” é a mesma que fracassou durante todo o ano de 2011 quando inclusive perdeu partidas não só para o coxa como para o Operário (inclusive dentro da Arena) e Cascavel pelo estadual e foi presa fácil no Brasileiro, passando 37 das 38 rodadas entre os piores. Com o enxerto de garotos da base, mais apostas que voltaram a vestir nossa camisa, vamos tentar a sorte com um treinador desconhecido e que ainda está testando o elenco.
Quanto a Carrasco entretanto, acho mais válida a aposta num técnico ainda desconhecido do que a certeza do fracasso com um Vadão ou pelo ultrapassado Antonio Lopes, treinadores a quem recorrentemente a direção atleticana busca salvação mesmo sabendo que os resultados serão catastróficos.
De bom a volta do atacante Ricardinho que confesso ter me surpreendido. Com velocidade, indo pro drible e com o belo gol mostrou em menos de 90 minutos o que nunca tinha demonstrado em mais de um ano em que insistiram com ele. O goleiro Rodolfo mostrou a segurança e arrojo que são itens raros na formação dos arqueiros atleticanos nos últimos tempos, não vacilou e teve merecidamente seu nome gritado pela torcida.
A direção e a comissão técnica terão um caminho longo e tortuoso pela frente. As deficiências são as mesmas que todo mundo sabe de cor há meses, com o agravante de não termos lateral nem direita nem esquerda e sem um de nossos mais efetivos jogadores no último terço de 2011 que foi Marcelo Oliveira. Ou seja, sem reforços, o que já era ruim se apresenta ainda pior em 2012. Mas o ano está apenas começando.
Que fique nossa torcida, nosso apoio e que sirva de lição aos mais novos que Atlético é isso aí, nossa história foi gravada com sacrifício, dificuldades, pouca grana, improviso e mesmo assim sobrevivemos. Urgem contratações de qualidade no futebol, mas por enquanto e enquanto vierem as vitórias, vamos curtindo essa volta ao passado que infelizmente o Atlético está expondo seus torcedores neste momento.
ARREMATE
“Não se pode confiar, os homens querem é se eleger/
E essa gente tá cansada de sofrer.” - Acredite quem quiser– ZÉ RAMALHO
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