Rodrigo Abud

Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.

 

 

Contra dados não há argumentos

30/11/2011


Nenhum torcedor, jogador ou diretor do Atlético pode dizer que é injusta a situação em que o clube se encontra hoje. Estamos com 91% do corpo na segunda divisão e não é por mero detalhe.

Basta uma rápida análise de alguns números para entendermos o porquê do atual caos Rubro-Negro.

Das 37 rodadas do campeonato, permanecemos em todas entre os quatro últimos colocados. Ficamos somente um dia fora da zona do rebaixamento.

Entramos na última rodada com apenas 9% de chances não cair, enquanto nossos adversários Ceará e Cruzeiro tem respectivamente 19% e 72%.

Temos o mais inofensivo ataque da competição com míseros trinta e sete gols a favor, uma média de apenas um gol por jogo.

Além de não marcarmos gol, tomamos vários. Isto nos deixa com o segundo pior saldo de gols do Campeonato, com dezoito gols negativos.

Nossos maiores artilheiros na competição têm magros cinco gols (Guerrón, Marcinho e Paulo Baier). Somados os três tem oito gols a menos que o artilheiro do campeonato, o santista Borges.

De todo nosso elenco, apenas treze jogadores do Furacão conseguiram o raríssimo prazer de comemorar um gol.

Em menos de sete meses (Campeonato Brasileiro), passaram pelo banco de reservas da equipe quatro treinadores, incluindo o interino Leandro Niehues, sendo que nenhum deles conseguiu dar ao Rubro-Negro um padrão de jogo.

Antonio Lopes, nosso atual treinador, foi quem mais comandou o time no Brasileiro, esteve no comando da equipe em dezessete jogos, menos de um turno, conquistando apenas cinco vitórias.

Vencemos somente dois jogos fora da Baixada, um desempenho simplesmente ridículo.

Com todos esses dados, lamentavelmente, fica claro que o Atlético merece a segunda divisão, por tudo que não fez e por sua incapacidade de em 2011 mostrar qualidade, vontade, planejamento e unidade dentro e fora de campo.


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