Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

Tempo perdido

14/11/2011


“Todos os dias quando acordo
Não tenho mais
O tempo que passou...”


A cada jogo uma decisão, e não se admite mais qualquer tipo de erro. Jogamos 45 minutos no lixo. Um tempo inteiro!

Cansado de apoiar Antonio Lopes, percebi um técnico fracassado quando vi a escalação diante de uma partida difícil contra o Corinthians. Com medo e sem se dar conta de que o time paulista viria com tudo pra decidir o jogo, Lopes armou o time de forma equivocada, com o fraco Wendel e Adaílton com a responsabilidade na frente. Sem apoiar na defesa e desprovido de qualquer cacoete de atacante, o camisa 9 entrou e saiu de campo como uma figura apagada, inexistente. E se um entrou como opção de ataque no lugar de Nieto e o outro “precisa” estar em campo para justificar o alto salário, este foi um dos principais fatores para os dois gols relâmpagos do adversário. Sem contar que, por falta de opção, tivemos que engolir o péssimo Gustavo na zaga.

O outro fator, dito por Paulo Baier, é inaceitável. Entrar com falta de atenção e “desligado” é uma justificativa ridícula, absurda. Será mesmo que, mesmo sabendo da falta de qualidade técnica do time, toda essa comissão técnica têm consciência de que cada jogo é uma decisão? Será que Antonio Lopes acha que ainda tem tempo para tentar buscar um novo entrosamento? Será que algum ser humano, em sã consciência, acha mesmo que Santiago Garcia vai resolver os problemas do Atlético? Será que esse discurso de Paulo Baier foi o discurso de todo o elenco? Se foi, me desculpem, mas o Atlético, em geral, não acredita mais...

Ao sacar Adaílton do time e colocar Nieto em campo, começo a achar que Antonio Lopes está fazendo as coisas de caso pensado. Se sabe qual é o caminho, por qual motivo queimar uma substituição e, aí sim, tentar colocar o time nos trilhos? Todos querem saber: quem foi o irresponsável que escalou Morro? Engraçado, já não basta tanta coisa difícil nessa caminhada, ainda insistem em colocar mais pedras no caminho. Morro, exatamente da mesma forma que Adailton, só atrapalhou. Assim como atrapalhou Bolicenho, Ibiapina e o maior de todos, Marcos Malucelli.

O Atlético, a passos longos, vai se aproximando do inferno. Ficou muito difícil, e a obrigação de passar por cima do São Paulo, na quarta-feira, vai além de entrar bem escalado em campo.

Senhor Paulo Baier, é preciso estar ligado, é preciso ter atenção, do início ao fim.

Senhor Antonio Lopes, faça o simples. Chega de invenções baratas.

“Não temos tempo a perder...”


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