Silvio Toaldo Júnior

Silvio Toaldo Júnior, 49 anos, é administrador, engenheiro mecânico e sócio furacão desde 2008. Sempre acompanhou o Atlético desde a época de vacas magras no Pinheirão e teve um sonho realizado em 2001 vendo ao vivo e a cores o Furacão ser campeão brasileiro.

 

 

Tentando enganar o torcedor

31/10/2011


O Atlético faz uma força descomunal para não permanecer na elite do futebol brasileiro, a única coisa que consola o torcedor é que os times que estão no rebolo do descenso também não ganham. Na rodada passada, apenas o Atlético Mineiro venceu e já passou o Bahia, que em minha opinião entra forte na briga contra o rebaixamento.

Vamos aprofundar um pouco mais a discussão: o técnico Antônio Lopes reclamou que o árbitro alagoano Francisco Carlos Nascimento deveria ter expulsado Neymar ainda no primeiro tempo do jogo contra o Santos, para mim puro choro de perdedor. Mas ao invés de reclamar do árbitro, Lopes não deveria ter puxado a orelha de Cleber Santana que cometeu dois pênaltis infantis no mesmo jogo? Se fosse Renan Foguinho, por exemplo, quem tivesse cometido os pênaltis teria sido dispensado pela diretoria lá mesmo no Pacaembu e jogaria a culpa do possível rebaixamento no jovem volante atleticano.

O que o Atlético deve reclamar sim é do árbitro pedir a camisa de Neymar para o seu filho, isso sim é um desrespeito a instituição Clube Atlético Paranaense, agora jogar a culpa toda da derrota na conta do juizão é querer tapar o sol com a peneira e enganar o torcedor.

Matematicamente ainda dá, afinal de contas os times que lutam contra o Rubro-Negro são do mesmo nível ou ainda piores que o nosso. O problema é conseguir vencer as três partidas restantes dentro de casa (Atlético Goianiense, São Paulo e Coritiba) e beliscar mais uma vitória fora (Corinthians, Cruzeiro e América). A forma que o time se apresenta tanto dentro como fora de campo não tranquiliza a torcida.

A esperança é a última que morre, mas tenho a nítida impressão que estão tentando, rodada a rodada, enganar o torcedor atleticano, com o mesmo papo de que: “hoje não deu”, “o juiz nos roubou”, “na próxima partida dentro de casa a gente tem que jogar de forma diferente, “vamos lá minha gente, ainda dá”.

Não deixo de acreditar, mas confesso que temo (mais uma vez) pelo pior e se realmente o pior acontecer, o presidente Marcos Malucelli marcará definitivamente seu nome na história do Atlético, só que desta vez de uma forma totalmente negativa.


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